segunda-feira, julho 31

Blog do Cristovam

Lula mudou e o PT se acomodou, diz Cristovam

O candidato à Presidência da República pelo PDT, senador Cristovam Buarque, disse neste domingo, 30, em Curitiba, que se sente "confortável" para fazer críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de ter sido seu ministro da Educação. "Eu não mudei. Ele mudou", afirmou.
"Lamentavelmente, o PT se acomodou e o Lula mudou." Para ele, o partido do presidente "perdeu o vigor transformador". Segundo o senador, os discursos de Lula não têm mais o povo como alvo. "Ele fala para cada segmento eleitoral", disse.

domingo, julho 30

O grande Satã

O imperialismo é o verdadeiro criminoso que viola constantemente os direitos humanos

Por que será que, em todo o mundo, queimam a bandeira do grande Satã?

Uma das desculpas de Bush para invadir Afeganistão e o Iraque foi a "defesa da democracia e dos diretos humanos" das ditaduras que tinham esses países. Tal hipocrisia não esconde que o imperialismo é o verdadeiro criminoso que viola constantemente os direitos humanos. Em 2004, tornaram-se conhecidas as humilhações, torturas e assassinatos dos presos iraquianos na prisão de Abu Grahib. Agora, vêm a tona assassinatos de civis desarmados cometidos por tropas imperialistas. Uma delas aconteceu em novembro de 2005, na cidade de Haditha. Quinze habitantes apareceram mortos depois que um explosivo matou um soldado dos EUA. A explicação oficial foi que a bomba também matou os civis. Contudo, as investigações da revista Time mostraram que elas foram assassinadas pelos soldados em represália.
Outra demonstração de criminalidade se dá hoje no campo de concentração de Guantánamo. Por ele já passaram 760 prisioneiros da invasão ao Afeganistão. Cinco anos depois da guerra, apenas 10 deles foram acusados e nenhum foi julgado, o que atenta contra todas as normas internacionais sobre prisioneiros de guerra.

O lobo sempre tem razão, o cordeiro nem sempre

Mundo reage indignado a ataque de Israel em povoado libanês

Por Anna Willard

Políticos de todo o mundo condenaram o ataque israelense a um povoado no sul do Líbano no domingo, que deixou ao menos 40 civis mortos, incluindo 23 crianças. Foi o mais sangrento ataque isolado nos 19 dias de combate.
França, Jordânia e a União Européia disseram que o ataque ressalta a necessidade de um cessar-fogo imediato entre Israel e o grupo guerrilheiro Hizbollah no Líbano.
Mas, num sinal da divisão presente na comunidade internacional sobre como solucionar a crise, os Estados Unidos não chegaram a pedir a suspensão imediata dos combates. Leia mais.

Israel pode ter toda a razão que pensa ter, mas só em ter como aliado os Estados Unidos já não tem mais nenhuma. Já dizia Charles De Gaulle: “As Nações não têm Amigos, apenas Interesses.” Qual seria o interesse dos americanos nessa guerra? Não sei. Sou pato novo, não mergulho fundo.

A coisa tá ficando russa

70% do Congresso pode ser comprado, diz dono da Planam

ADRIANO CEOLIN
FÁBIO ZANINI
Folha de S.Paulo

Apontados como integrantes da máfia dos sanguessugas, Darci Vedoin, Ronildo Pereira Medeiros e Ivo Spínola reforçam, em depoimentos à CPI dos Sanguessugas, as declarações já prestadas pelo empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin à Justiça Federal do Mato Grosso. A Folha obteve acesso às íntegras dos três depoimentos, prestados em sessões secretas da comissão no dia 13 de julho, em Cuiabá (MT).O depoimento expõe a visão que Darci Vedoin - dono da Planam e pai de Luiz Antonio - tem do Congresso. Em três trechos do depoimento, Darci afirma que até 70% dos 513 deputados e dos 81 senadores são corruptíveis: "Tem muitos deputados e muitos senadores --muitos!-- que são honestos. Mas tem 70%, que só faz o cargo dele para isso [corrupção]". Leia mais aqui.

"A coisa tá feia, tá ficando preta,
Tá de arrepiar os cabelos da peruca."

Desconheço o autor da música acima, que é sucesso no Congresso Nacional.

sábado, julho 29

Para descontrair

Frases

- Pessoas espertas tomam atitudes estúpidas por razões amorosas. (Lawrence Kasdam)
- O governo quer culpar a janela pela existência da paisagem. (Borjalo/1980)
- O primeiro economista do mundo foi Cristóvão Colombo: quando saiu, não sabia para onde ia; quando chegou, não sabia onde estava. E tudo por conta do governo. (Ronaldo Costa Couto)
- A única responsável pelas enchentes foram as chuvas (sic). (Mário Covas/1985).
- O poder é como o violino: toma-se com a esquerda e toca-se com a direita. (Esperidião Amin)
- As pesquisas que temos feito com os indecisos indicam que nós temos a maioria dos indecisos. (Paulo Maluf/1986). Eu botei essa aí; parece de grande sabedoria. Acho que foi por isso que não entendi.
- Quando teve esse concurso, meu marido disse: "Vai, que tu ganha" (sic). Aí eu vim. (Maria de Lourdes de Jesus, eleita a mulher mais feia em Pernambuco/1995)
- No meu governo não faltará carne bovina nem porquina na mesa dos mineiros. (Newton Cardoso)
- Estou prevendo uma crise política de conseqüências imprevisíveis. (Dinarte Mariz)

A História se repete

A vida repete a História, ou a História se repete, ou não existem piadas velhas - existem piadas requentadas. É assim que funciona. Certa vez Fernando Collor de Melo disse de Ullysses Guimarães em sua famigerada campanha eleitoral com empáfia atlética e quase Presidente, que este era e representava o Velho. Repetiu a "ofensa" mais de uma vez. E Ulisses respondeu: - "Velho, sim. Velhaco não".
Agora o bom Lula diz que, aos 76 anos, Itamar Color pode fazer o que quiser, ou seja, já está "gagá". A história se repete. A resposta já foi dada há muito tempo por Ullysses Guimarães.

Me engana que eu gosto!

Maioria dos sanguessugas tenta reeleição

Correio do Estado
Campo Grande - MS

Entre os 94 deputados e senadores investigados pela CPI das Sanguessugas, ou que tiveram os seus nomes encaminhados para análise pela Controladoria-Geral da União (CGU), 88 deles tentam um novo mandato nas eleições de outubro, o que representa 93,62% do total.
São 88 parlamentares nessa situação. Desses, 81 deputados tentam a reeleição ao Congresso Nacional, quatro buscam um cargo de deputado estadual, e um a suplente de senador. Apenas cinco não disputarão nenhum cargo, sendo que dois destes tiveram as suas candidaturas negadas pelo partido.
Entre os senadores investigados, Serys Slhessarenko (PT-MT) é candidata ao Governo do Estado de Mato Grosso, Ney Suassuna (PMDB-PB) tenta a reeleição ao senado, e Magno Malta (PL-ES) permanece no cargo até 2011.

Dando pitaco em blog alheio

Janine fala de novela, e eu, de política*
*Reinaldo Azevedo

"Eu não sou um analista sensível como Renato Janine Ribeiro e, bem, tampouco sou petista, com ou sem carteirinha, mas também gosto desses assuntos de semiologia aí, sô. A reação aos depoimentos que encerram a novela Páginas da Vida tem importância eleitoral, vocês sabiam? Sim. Demonstrarei isso. Eu nunca vi a novela — no horário, estou sempre aqui, como sabem. Mas me contaram que uma fala em particular causou mal-estar no grande público. Parece que essa população careta já aceita que suas mães e avós façam sexo." Leiam todo o artigo aqui.

No artigo acima deixei um comentário que vale reproduzir: "Apesar de não ler jornais nem livros (créditos para o Lula), eu me perdôo o fato de não saber quem é Renato Janine Ribeiro. Porque quem perde seu tempo falando de novela não deve ser grande coisa. Eu tenho uma pequena loja de secos e molhados. Ontem duas freguesas, uma deu de falar na falha de caráter de um personagem da novela, com os respectivos diálogos; a outra deu de contar um filme que vira na véspera de madrugada. Vocês já viram duas pessoas conversarem sobre assuntos diferentes? Uma não queria aceitar o assunto da outra. Tentei achar uma brecha na minha educação para dar um pitaco único num assunto duplo. Não consegui. Além disso não posso melindrar meus fregueses. Não posso dizer, assim, na lata, que novela é a alienação do povo, quanto mais novela mais alienação. Se eu conhecesse o Renato Janine poderia recomendar seus livros às duas. Quem sabe ele ainda venha a comentar sobre a sétima arte?"

quinta-feira, julho 27

Tem lambari no latão de leite

Lá em casa, quando sai um feijão muito simples, eu reclamo: - "Não tem nem um lambarizinho?", quer dizer, uma carne seca, uma linguiça calabresa, um paio, uma costela. Isso por causa de uma das piadas narradas pelo Sebastião Nery na Tribuna da Imprensa. Sim, piada, porque apesar de citar personagens, que eu suponho reais, os sucessos são inverossímeis. Sucesso - redescobri essa palavra, como era usada no tempo de Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) cujo romance mais conhecido, "A Moreninha", lhe deu fama e fortuna imediatas.
Mas o caso é que certo fazendeiro foi à Nestlé para conferir suas entregas e recebeu uma grave reclamação: - "Não estamos gostando. Você está abusando de botar água no leite. Já encontramos até lambari em latão de leite".
- "E pelo preço que vocês me pagam, queriam encontrar o quê? Dourados, curimbatás, piracanjubas?"

Esta semana, o escândalo dos Sanguessugas e o Ministério Público Federal explodiram duas imposturas nacionais, dois latões de picaretagem, cheios de lambaris da corrupção: a ONG Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) e a ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação).
O Etco é presidido pelo ex-deputado federal paulista Emerson Kapaz.
A ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação) é dirigida por Fernando Ramazzini, que acaba de ser denunciado por extorsão pelo MPF. Eta paìsinho! Como bem diz o presidente Lula, o brasileiro não desiste nunca.
Afinal, o que é uma ONG? Quer fazer a sua, quer ganhar uma grana, dentro da lei? Vá em Para que serve uma ONG?, onde há maiores informações.

Para terminar, vou copiar o texto do Sebastião Nery. Já está pronto. Não quero inventar a roda.

Satanás
Só agora a CPI dos Sanguessugas descobriu o mistério de não haver deputados do PT (apenas a senadora de Mato Grosso), quando a maioria dos aliados do PL, PP, PTB, PMDB, PSB, PRB, está com a boca na gamela.
É que no PT os Vedoin da Planam não precisavam de intermediários. Iam direto aos ministros da Saúde (Humberto Costa e Saraiva Felipe). E as comissões eram pagas aos dirigentes do PT no Nordeste, que intermediavam.
O governo Lula conseguiu fazer mais mal às igrejas evangélicas do País do que satanás. Segundo a CPI, 30% dos sanguessugas são evangélicos. Um número devastador. Os evangélicos têm menos de 50 senadores e deputados.

Collor
A campanha de Lula precisa de um psicanalista. Todo o material impresso é feito com o nome dele em branco sobre o azul e faixas verde-amarelas dos lados. Exatamente como na campanha de Collor em 89.
Freud diria: "Se ele está com saudade é porque gosta de apanhar".

E a lama continua

Governo contra-ataca e compromete oposição

Um dia após a divulgação da nova lista de parlamentares acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, a maioria ligada aos partidos da base aliada, o governo federal contra-atacou ontem com dados que comprometem também a oposição nas denúncias. A divulgação dos números foi feita com estardalhaço pelos ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage. Bastos e Hage, todavia, negaram qualquer intuito de retaliação à oposição, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ou ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, que acusam o governo Lula de responsabilidade pelos desmandos. "Não é para jogar a culpa no colo de ninguém, estamos só repondo a verdade dos fatos e impedindo a manipulação eleitoral", disse Bastos. "Dar nome de partidos de parlamentares e prefeitos envolvidos com a máfia é um dever de transparência", completou Hage.

O ditado aqui tem uma alteração: "Em casa onde não há pão, todos brigam e todos têm razão". Mas eu prefiro aquele título do Chico Buarque, que diz: "Chame o ladrão, chame o ladrão". O ladrão já foi chamado; ele sabe mais que todo mundo. E a lama continua. Ainda bem que não há vulcões no Brasil, já pensou, aquela lava ardente sufocando e matando os cidadãos inocentes, na acepção da palavra?
Leiam mais na Tribuna da Imprensa.

quarta-feira, julho 26

O animal político

Já li sobre vários animais políticos. Mário Soares, de Portugal, seria um deles. Jacques Chirac, da França, o outro, aliás, em extinção. Não me perguntem porque. Isso eu li. E sei que sou também um animal político. Não estou dizendo que entendo de política ou que exerceria um cargo político. Acho que engolir sapos não é o meu forte, se bem que há políticos que engolem até a alma. A quem se classifica de ladrão hoje, amanhã poderá ser um grande aliado, um grande amigo. Dizem que há um comodismo do brasileiro e a mania de não se envolver em política. Mas deve-se lembrar que o grande castigo de quem não gosta de política, é ser governado pelos que gostam. O brasileiro gosta de ser enganado, de acreditar em grandes promessas. Moreira Franco prometeu, certa vez, acabar com a violência em seis meses. Também prometeu construir novos Cieps. Votaram nele. O que fez? Vários Cieps que estavam em construção foram criminosamente abandonados. Várias crianças que poderiam ali empregar seu tempo foram para a escola da violência nas ruas.
Veio o Collor com a história de caçador de marajás. Assim que assumiu tratou de confiscar o dinheiro da população e mandou demitir vários empregados de estatais, gente da classe média. Ninguém é besta de mexer com marajá. Tentei demover algumas pessoas de votar nele. Não consegui. Depois veio outro enganador, Fernando Henrique Cardoso. Também tomei minha posição. As pessoas continuaram preferindo o caminho da ilusão. Mas o problema é bem maior. Diz o site do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro sobre o voto do eleitor analfabeto: "Este voto é facultativo. Entretanto, o eleitor analfabeto que deseja votar também tem esse ato facilitado pois, na maioria dos casos, conhece números. Ele faz ligações telefônicas de telefones públicos cujo teclado é igual ao da urna eletrônica. Para confirmar ou corrigir o voto, ele poderá identificar as teclas através das cores." Não se questiona o fato do analfabeto não saber distinguir entre um parlamentar sério e um canalha. Se ele não é daltônico, sabe identificar as teclas através das cores ou sabe telefonar, também sabe votar, ou seja, pode servir de massa de manobra. A essa legião de desinformados vem se juntar os jovens a partir de 16 anos. Até os 18 anos seu voto também é facultativo. Esses jovens, até há algum tempo, acreditavam em Papai Noel. Quais serão seus valores agora?
Há diversos paradigmas para se escolher um bom candidato. Um deles é a questão religiosa. Um homem de Deus é uma pessoa confiável, não é, bispo Rodrigues? Quantos pastores não estão por aí enrolados no mensalão e na CPI dos sanguessugas? Agora até a Igreja Universal adotou um partido político, onde pontificam o bispo Crivella e o vice do Lula, José Alencar. Eu preferia aquele da Iracema, a virgem dos lábios de mel e de cabelos tão escuros como a asa da graúna. "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Porém, vós a tendes transformado em covil de ladrões" (Mateus, XXI; 12 e 13). Isto é a respeito dos vendilhões do templo e dos falsos profetas modernos.
O outro paradigma é a mulher, um ser maravilhoso, afável, bondoso, criterioso. Noutro dia, alguém que vai votar numa mulher, justificou: - "Você não sabe o que é a cabeça de uma mulher!" Eu respondi que sabia: servia para dançar a melô do mensalão, não é, Ângela Guadagnin?, e servia também para tentar livrar a cara dos "companheiros" enrolados na CPI do mensalão, não é, Ideli Salvatti?
Não é o fato de ser mulher, ou ser religioso, ou ser negro que dá competência a alguém para ser um bom político. Seria mais uma questão de caráter. Após um discurso em que Sarney dizia que o PMDB deverá dar sustentação ao novo governo (Lula reeleito), Pedro Simon (PMDB-RS), perdeu a paciência e disse: "É triste esse papel do Sarney. Infelizmente ele serve a qualquer governo e tem os cargos que quer". Sarney sabe dobrar a espinha, é um grande patriota, nunca está contra o governo.
E o Lula? Quem sabe da vida dele é o Cesar Benjamin, o Cesinha. Lula, certa inesquecível vez, lhe disse: “Cesinha, sabe quem me ligou nesses dias? O Alberico, da Globo. Jantei com eles anteontem. Derrubamos quatro litros de uísque. Eu pedi que não se preocupassem, que estava tudo bem entre nós. Não vou brigar com a Globo, não é, Cesinha?”
Agora Lula vai prometer fazer o que não fez nas outras promessas. Estou começando a organizar uma lista, que não é a de Schindler. Deverá ter mais de 300 nomes. Vou distribuir entre eles uma edição ampliada do presente artigo. Espero que me compreendam. De qualquer maneira continuarei no meu ramo de secos e molhados.

terça-feira, julho 25

Nova página de campanha de Cristovam

No Rio, Cristovam Buarque faz campanha com Carlos Lupi

Já se pode acessar a página de campanha de Cristovam. Muito bonita. Clique aqui.

O candidato à presidência da República pelo PDT, Cristovam Buarque, fez campanha nesta terça-feira (25/7) no Rio de Janeiro. Buarque foi recebido no aeroporto do Galeão pelo candidato do seu partido ao governo do Estado, Carlos Lupi.
Os dois fizeram corpo-a-corpo com os eleitores e panfletagem na Ilha do Governador. No bairro do Cacuia, os candidatos conversaram com funcionários da Varig que mostraram-se descontentes com o destino da empresa. Cristovam e Lupi vestiram uma camisa da Varig que foi oferecida pelos funcionários.
Carlos Lupi criticou a posição do governo federal, que não interveio para impedir a venda da empresa aérea e disse que o governo "deixou o setor entregue a própria sorte". O candidato do PDT criticou também seus adversários na disputa pela sucessão estadual. Sobre a candidatura de Sérgio Cabral (PMDB), disse que é "um castelo de areia". "Todo castelo de areia, que de longe parece até de concreto, cai quando sopra a brisa forte". Marcelo Crivella, candidato do PRB, foi criticado por "usar a religião para fazer Política".
No fim do dia, Carlos Lupi acompanhou Cristovam Buarque ao Teatro da Universidade Federal Fluminense, onde o candidato à presidência fez uma palestra sobre Educação.

Cristovam Buarque

Cristovam almoça com empresários no Rio

do blog do Cristovam

O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, almoçou com 60 empresários de diferentes setores no Restaurante do Jocquéi Clube, Centro do Rio de Janeiro. Antes de entrar para o almoço, Cristovam deu uma entrevista rápida onde disse que um de seus principais programas na área de educação é fazer com que o Programa Brasil Alfabetizado retome o prazo para se erradicar o analfabetismo em nosso País. "Programas para alfabetizar se fazem no Brasil há mais de um século, mas nenhum deles estabeleceu prazo", ressaltou.

Cristovam é educação

Dois estilos

Merval Pereira
Globo


São dois ex-petistas que podem forçar a realização do segundo turno, duas personalidades políticas completamente diferentes entre si. Uma foi expulsa do partido, o outro saiu por conta própria, ambos por discordarem dos métodos do governo, mas defendem idéias distintas. O senador Cristoam Buarque, atualmente no PDT, sabe que não pode baixar os juros por decreto, nem acha bom reestatizar a Vale do Rio Doce, dois pontos do programa de governo da senadora Heloísa Helena, do PSOL. Cristovam amarga 1% nas pesquisas eleitorais, enquanto Heloísa Helena alcança os dois dígitos e transforma-se no grande sucesso da campanha eleitoral.

Ex-ministro de Lula, Cristovam diz que aonde vai sente receptividade grande à sua proposta, baseada na educação. “Muita gente diz que eu não subo porque não uso o discurso da Heloísa. E eu respondo a esses marqueteiros que vou continuar assim, meu discurso é outro, eu tenho uma proposta. Eu quero é que daqui a dez anos saibam que tinha um candidato que fez uma campanha baseada na educação”.

Para ele, “estabilidade e educação são as duas pernas que o Brasil precisa para pular essa barreira que não deixa a gente chegar à modernidade”. Cristovam quer virar algumas páginas de nossa história, mas elas são mais pesadas do que deveriam: “Parece que a história de hoje do Brasil é escrita em páginas de chumbo, você não vira a página da violência, não vira a página da desigualdade, como a gente virou a página da inflação e a da ditadura”.

Ele tem esperanças de que, com o programa eleitoral mostrando as propostas, termine subindo nas pesquisas — há informações de que já teria chegado a 3% das intenções de votos em algumas pesquisas — mas acha que a melhor coisa que tem é que a marca pegou: Cristovam é educação.

Para ler a íntegra da coluna do Globo, clique em MERVAL PEREIRA

Pesquisas e Orkut

Orkut: site transforma-se em palanque digital nas eleições de 2006

BEATRICCE BRUNO
Correio do Estado
Mato Grosso do Sul

A Justiça Eleitoral não baixou nenhuma resolução para controlar o uso de Orkut – site de relacionamento na Internet – e por isso a ferramenta está sendo utilizada como palanque eleitoral pelos políticos que disputam a campanha em 2006. O Tribunal Superior Eleitoral estabeleceu apenas normas para publicidade de candidatos em sites, mas não fez nenhuma observação ao uso do orkut. Na falta da legislação, o site está recheado de comunidades que apóiam políticos ou até servem para execrar candidatos.
No cenário estadual, os maiores adversários da disputa do Governo do Estado – André Puccinelli (PMDB) e Delcídio do Amaral (PT) – têm comunidades dentro do site. Puccinelli conta com seis comunidades que manifestam apoio para sua campanha para governador de Mato Grosso do Sul. Porém no site, o peemedebista também é lembrado pelo protesto de alguns internautas que não querem ver o candidato consagrado como governador sul-mato-grossense.
Já Delcídio está em melhor cotação no Orkut. O senador tem nove comunidades de apoio e apenas uma – que divide com seu adversário peemedebista – que sugere o voto contra a campanha do petista e também de André. Alguns grupos até ressaltam os atributos físicos do
senador, por exemplo: "Delcídio do Amaral é lindo" e "Delcídio: Fagundes do Pantanal".
Na corrida pelo voto e para ganhar a simpatia de pessoas que visitam o site, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o campeão. Tem mais de mil comunidades. O segundo candidato na preferência do eleitorado brasileiro que disputa a Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), tem 488 comunidades, José Maria Eymael (PSDC) conta com apenas uma página no Orkut, Heloísa Helena (PSOL) tem 171 comunidades, Cristóvam Buarque (PDT) está em 12 grupos, Rui Pimenta e Luciano Bivar, apenas com uma comunidade cada um.

Do Moreira Franco antigamente as moçoilas diziam: - "Pena que é do PDS". Do Delcídio do Amaral poder-se-ia dizer: - "Pena que é do PT".
Mas como se vê pelo Orkut, as pesquisas funcionam. Só que parecem aquele famoso comercial de TV da VARIG (1995) "Um, dois três: 560 km, 560 km, pára um pouquinho, descansa um pouquinho, 550 km" - "Voe pelo Brasil sem parar um pouquinho aqui, ou pouquinho ali... na proxima vez vá de VARIG!"
As pesquisas ajeitam um pouquinho, empurram um pouquinho, a massa ignara se deixa levar pelas pesquisas, os jornais e revistas são pautados pelas pesquisas, são chamados para entrevistas na televisão apenas os melhores nas pesquisas. Acaba dando na pesquisa final das urnas o que as pesquisas alavancaram todo o tempo.
O que é preciso fazer para aparecer nas pesquisas? Alguns candidatos chamam urubú de meu louro, outros dão bom dia a cavalo. Funciona. Cristovam Buarque diz que está fazendo campanha só para as crianças, falando sobre Educação. E se as mães das crianças já recebem o Bolsa-família, também conhecido como Bolsa-esmola? Prometa reverter para Bolsa-escola, senador.

Pero Vaz de Caminha, o escrivão

Almirante abandona a Esquadra

O site Contas Abertas tem em "Notícias" um tópico chamado "Perguntar não ofende: Consultas curiosas de partidos e políticos sobre o que vale para as eleições de 2006 ". Trata-se de perguntas tipo joão sem braço (pra quem não entende de futebol, o joão sem braço nunca põe a mão na bola, é cristalino), são perguntas inocentes dos que sabem que não podem mas acham que podem (burlar a lei).
O mundo da internet também chegou às campanhas políticas. Para os ministros do TSE, isso significa mais um universo de possibilidades de perguntas a responder. Por exemplo, o secretário-geral da executiva nacional do Partido Social Liberal (PSL) questiona quais são os limites de opinião para os blogs – diários virtuais – e comunidades on-line sobre candidatos. A resposta do TSE à consulta deve sair no próximo mês. Por enquanto, a Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro já toma decisões. A justiça determinou que o blog Pero Vaz de Caminha – que fazia ataques ao peemedebista Sérgio Cabral Filho - fosse retirado do ar.

Lembram-se daquelas decisões da justiça de não se ouvir o caseiro, de não se quebrar o sigilo do Okamotto, de se dar ao acusado o direito de ficar calado na CPI, enfim, o fortalecimento do direito à impunidade? Não é nem o caso de se falar mal do Sérgio Cabral. O Pero Vaz de Caminha apenas relata à Côrte os sucessos na província, tudo devidamente documentado, com todos os papiros, uns até já amarelados pelo tempo.
Será que a censura chegou mesmo à internet? Acho que sim. Mas vamos dar um pequeno intervalo nesse negócio de política e vamos rir um pouco. O Pero Vaz de Caminha está mais para humor do que para denuncismo. Leiam antes que acabe. Esse escriba também está no Orkut. É o que ele diz a seguir: "O almirante Cabral tentou afundar minha nau. Isso é impossível. A internet é libertária e năo admite isso. Fui obrigado a atracar essa nau no Mar Adriático (Orkut)." O Blog de Guerrilha também discorre sobre o escrivão lusitano.

Eis um pequeno artigo cujo título está lá no início.

Almirante de uma das naus mais importantes da Esquadra do Almirante Cabral abandona a frota e diz que não convive com desvios de conduta.

O Globo- Coluna Panorama Político
O ex-governador do Rio, Moreira Franco, desistiu de disputar a reeleição para a Camara. Ele justifica: “Os desvios de conduta ultrapassaram em muito os limites de tolerância”.

Eu, de minha parte, nada tenho a dizer do Sérgio Cabral. Estão malucos? Depois me cassam o Represália e vou ficar com qual Opção???

segunda-feira, julho 24

Você conhece o PT?

Triste destino

César Benjamin
16 de junho de 2005

Retornei do exílio em 1978, antes da anistia, animado com a retomada do movimento operário e o fortalecimento do movimento democrático no Brasil. Como muitos da minha geração, dediquei meus melhores esforços, nos anos seguintes, à construção do PT. Fui membro da direção nacional. A primeira eleição presidencial depois do regime militar, em 1989, encontrou-me na linha de frente. Chorei o trauma de uma derrota politicamente fraudulenta. Nos dias seguintes ao resultado, junto com cerca de 6 mil militantes e simpatizantes do PT, fui para a porta da Rede Globo de Televisão, no Rio de Janeiro, protestar contra a edição do último debate entre Lula e Collor, a exibição de seqüestradores do empresário Abílio Diniz com camisetas do PT e a manipulação de uma mulher pobre e ressentida, que havia recebido dinheiro para macular a vida pessoal do nosso candidato. Viajei em seguida a São Paulo, onde encontrei Lula. Tivemos um diálogo curto, que nunca esqueci. Lula me disse: “Cesinha, sabe quem me ligou nesses dias? O Alberico, da Globo. Jantei com eles anteontem. Derrubamos quatro litros de uísque. Eu pedi que não se preocupassem, que estava tudo bem entre nós. Não vou brigar com a Globo, não é, Cesinha?”
Apesar dos anos passados, a citação é textual. Fiquei muito perturbado ao saber, pelo próprio Lula, que, no mesmo dia em que a militância do PT protestava na rua, para defendê-lo, ele “derrubava quatro litros de uísque” com a direção da emissora que o havia agredido e humilhado, reiteradamente, nas semanas anteriores. A conversa serviu, para mim, como um sinal amarelo sobre o caráter do nosso líder. Mas sua imagem só desmontou definitivamente em 1994, quando bancos e empreiteiras começaram a financiar pesadamente o PT, à revelia da direção nacional e da militância, mantidas na ignorância dos novos esquemas paralelos.
Começou então a ascensão de uma “esquerda de negócios”, fenômeno novo em nossa história. Incentivados e promovidos a cargos de direção, os “operadores” ajudaram a consolidar o poder da Articulação no PT. As relações internas foram fortemente contaminadas pela circulação de dinheiro, em geral para financiar campanhas e garantir lealdades. A honra de pessoas e o cadáver de Celso Daniel ficaram no meio do caminho, mas Lula chegou onde queria chegar. Depois de vários anos de sucessivas demonstrações de vassalagem, foi ungido. (Brizola, que enfrentou a Globo em defesa de Lula, foi destruído.)
O PT levou para a Presidência da República as mesmas práticas testadas e aprovadas na luta interna, mas agora em escala muito ampliada. Os operadores passaram a operar freneticamente, aliás em ambiente propício. O que já foi divulgado é uma pequena fração dos malfeitos. Lula encontrou pronta uma forma espúria de organizar o poder político da Nação e, em vez de lutar para alterá-la, como era sua obrigação política e moral, adaptou-se a ela. Forças de natureza supranacional, representantes dos nossos credores, continuaram a ocupar o Banco Central e o Ministério da Fazenda; a partir dessas posições, manejando as políticas monetária, cambial e fiscal, bem como a execução do orçamento, elas controlam e subordinam a ação de todo o Estado brasileiro. O Legislativo continuou a ser o espaço onde se expressam demandas de natureza subnacional, negociadas caso a caso, na margem, de acordo com a necessidade de composições políticas em cada momento. O aparelho de Estado continuou a ser tratado como butim. E o povo pobre continuou a receber as migalhas das políticas compensatórias. Nesse arranjo, nenhuma instância cuida seriamente dos interesses da Nação, que por isso permanece à deriva. É assim que se faz política no Brasil. A Presidência da República, porém, é uma instância muito complexa, para onde convergem todas as demandas e interesses. Na ausência de um projeto qualquer, inexiste um eixo ordenador das negociações, de modo a impor limites aos apetites de cada parte. Lula e o PT submergiram na política do varejo, atendendo ou deixando de atender cada interesse conforme as pressões do momento, cada vez mais ponderadas pela grande meta da reeleição, a única que de fato os interessava. Com o tempo, o governo foi se tornando inconfiável para todos. E cometeu o erro fatal: deixou de honrar a palavra empenhada, rompendo assim o primeiro mandamento de qualquer cosa nostra. O deputado Roberto Jefferson deu o troco.
Fala-se agora em reforma política. É mais um blefe. O problema não é de novas regras formais, feitas, como as outras, para serem burladas, mas de conteúdo. O esquema atual é sustentado por uma aliança paradoxal, que vem sendo renovada em cada eleição, dos mais ricos, que comandam sempre, com os mais pobres, que apenas votam a cada quatro anos. Essa aliança tem como alvo preferencial o mundo do trabalho e suas instituições. Os direitos associados ao trabalho, jamais universalizados, são denunciados como privilégios, num país em que os verdadeiros privilegiados são invisíveis à grande massa da população. O ressentimento popular contra a desigualdade é usado para destruir as ilhas de cidadania, que deveriam ser justamente os pontos de Arquimedes onde a Nação poderia apoiar suas alavancas para desenvolver-se, puxando os que ficaram para trás. Collor inaugurou essa aliança no terreno simbólico. Fernando Henrique deu seqüência a ela, utilizando-se do Plano Real, que permitiu uma convergência momentânea de interesses tão díspares. Hoje, Lula é quem faz a ligação, que agora é simbólica (pelas origens dele) e material: oferece por ano R$ 150 bilhões em juros para os mais ricos e R$ 10 bilhões, pulverizados, em bolsa-família para os mais pobres. Cumpre bem esse papel. Não será atingido por nenhuma investigação. Está blindado. Mas é refém.
Triste destino, o do PT: em 1989, apontava que a aliança correta, aquela capaz de retirar a Nação da crise, tem de ocorrer entre o mundo do trabalho e da cultura, de um lado, e os mais pobres, de outro, com a subseqüente reforma de instituições e costumes. Em 2002, tornou-se um instrumento da aliança espúria que mantém o Brasil em crise crônica. Continuará a existir como uma legenda a mais na política institucional, cada vez mais distanciada da vida do povo. É tudo melancólico e patético para quem, algum dia, sonhou em mudar o país. Estamos assistindo ao fim de um ciclo na existência da esquerda brasileira, um ciclo que não deixa legado teórico, político ou moral. Resta saber como e quando ela se recomporá. Seja como for, o PT pertence ao passado.

César Benjamin é editor e autor de A opção brasileira (Contraponto, 1998, nona edição) e Bom combate (Contraponto, 2004).

As promessas de Lula


Plano de Lula para prisão fica no papel

Estado de São Paulo
Roberta Pennafort

Maioria das 27 propostas do Plano Nacional de Segurança para o sistema penitenciário não foi implementada

A maioria das 27 propostas existentes no Plano Nacional de Segurança Pública para reverter o quadro catastrófico dos presídios brasileiros e evitar a expansão de grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a eclosão de rebeliões não foi posta em prática pelo governo federal.
"A maior parte delas ficou no papel", afirma a socióloga Julita Lemgruber, que trabalhou para a elaboração do capítulo relativo ao sistema penitenciário do plano.
O Plano Nacional de Segurança Pública foi uma das principais bandeiras de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então candidato à Presidência em 2002. Julita lamenta o fato de a situação caótica nos presídios não ter se alterado. "Eu me sinto frustrada. Lula dizia que era o único presidente que já assumiria com um plano de segurança e que ele começaria a ser implementado no primeiro dia de seu governo. E, aí, ele assume e esquece tudo?"
Um dos problemas mais graves, ela aponta, é o contingenciamento dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Esse era justamente o tema do primeiro item do capítulo, que dizia: "Determinação expressa para que os recursos do Funpen não sejam contingenciados". Atualmente, segundo confirma o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), R$ 140 milhões "carimbados", ou seja, que não podem ser usados para outros fins, estão bloqueados.

Tem problema não. Lula promete tudo de novo.

Papai Noel em outubro

Suplicy diz que seria "oportuno" segundo turno entre Lula e Heloísa Helena
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
Tuca Vieira/Folha Imagem
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), candidato à reeleição, afirmou nesta segunda-feira que seria "interessante" um segundo turno nas eleições de outubro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do PSOL à sucessão presidencial, senadora Heloísa Helena (AL).
"Eu voto no presidente Lula e espero que ele vença no primeiro turno, mas seria oportuno um segundo turno entre ele e Heloísa Helena. Ela teve origem no PT e o debate seria interessante", disse Suplicy.
O senador afirmou que votaria em Heloísa Helena num eventual segundo turno entre ela e o candidato tucano, Geraldo Alckmin.
"Tenho por Heloísa Helena carinho, respeito e amizade. Votei para que ela não fosse expulsa do PT. Eu preferia que ela ainda estivesse no partido. É louvável o procedimento ético da senadora."
Suplicy disse que foi convidado para ingressar no PSOL, mas que não deixou o PT porque acredita e espera sempre acreditar nos programas do partido.
"Não posso deixar minha família. O PT tem procedimentos que nenhum outro partido tem. Quero permanecer no partido e ajudá-lo a reparar os erros que cometeu."

E onde é que entra o Papai Noel?

O culpado é o sistema

Lula culpa sistema pela corrupção

Sobre um texto da Folha de São Paulo

Apenas a poucos meses do final de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defende uma reforma política como o único meio de acabar com os escândalos de corrupção no Brasil.
O petista disse que, se nada for feito, os casos vão se repetir. "Nós precisamos mexer nessa ferida chamada política brasileira", afirmou. Foi no mandato de Lula que vieram à tona os escândalos do mensalão e dos sanguessugas. Ontem, o presidente atribuiu essas crises basicamente aos problemas do sistema político.
O presidente não aprofundou sua proposta, mas disse que a reforma que pretende fazer caso reeleito "passa pelas organizações das estruturas partidárias deste país", o que incluiria "desde a mudança no regimento interno" do Congresso "até a discussão de mandato de pessoas, até a existência ou não de partidos-laranja e partidos de verdade".

O problema é que o sistema escolheu logo o governo do Lula. E já que se falou em partidos-laranja e partidos de verdade, seria conveniente que ele dissesse em qual modalidade enquadra o PMDB.

Ele voltou a vestir o figurino de "pai dos pobres" e afirmou que não importa se o Bolsa-Família é ou não assistencialista (desde que lhe renda votos, dizemos), mas sim que ele alimenta quem precisa. "O Bolsa-Família está levando calorias e proteínas para os buchinhos dos nossos meninos mais pobres."Disse ainda que uma pequena parcela deseja manter a população sem estudo para não ser contestada. "A ignorância é uma forma de tornar o povo vítima. A sabedoria não interessa a uma parte dos que governaram este país, historicamente."

São justamente os ignorantes que votam no Lula.

O ataque às elites já havia começado na noite anterior. "A mesma elite que levou Getúlio [Vargas] à morte, que levou Juscelino [Kubitschek] ao maior processo de acusação e de mentiras, que tirou João Goulart, essa mesma elite tentou me tirar. Só que a diferença básica no meu caso não é que eu fosse melhor. É que tinha um componente que eles não contavam e descobriram que existia, chamado povo brasileiro."

Tudo conversa vazia. O povo deve estar mais com ele do que esteve com Getúlio Vargas. É muita pretensão.

Lula disse que o problema da Varig está "quase resolvido" e criticou as empresas aéreas por não comprar aviões da Embraer - apesar de ele próprio ter comprado um Airbus, europeu, para a Presidência.

Precisa de mais comentários?

Eleições na internet

Recebi por email a mensagem que, entre outras coisas dizia: "Para derrotarmos o PT e tirarmos a quadrilha de Lula do poder, não basta enviar piadas, charges e comentários sobre a corrupção no governo. Isto ajuda, mas não é suficiente! Para livrarmos o Brasil da praga do PT são necessárias ações objetivas, concretas e eficientes. A primeira delas, é deixar de lado o comodismo do brasileiro e a mania de não se envolver em política. Lembre-se: "o grande castigo de quem não gosta de política, é ser governado pelos que gostam..."
A segunda atitude a ser tomada é não acreditar nas pesquisas (encomendadas para desanimar quem é contra); não se dar por vencido, não esmorecer, e trabalhar sério por um candidato sério.
A terceira atitude a ser tomada é deixar de lado predileções partidárias, simpatias ou antipatias pessoais e nos unirmos em torno de um único nome, com reais possibilidades de vitória. E o único candidato sério, competente e com possibilidades concretas de derrotar o atual governo petista chama-se Geraldo Alkmin."

A partir desta terceira atitude eu passo a discordar. O segundo turno é para os ajustes finos. Além disso, as feridas deixadas por Fernando Henrique ainda estão abertas. É o outro lado da moeda que tem que ser analisado. E mais: eu votarei no Cristovam Buarque e nos demais candidatos do PDT. A partir do momento em que o eleitor escolher um partido e depois escolher os candidatos, as coisas andarão melhor. Nada de salada de fruta.
Uma amiga minha ponderou: "Eu acho que não vou votar no Lupi (candidato a governador do Rio)".
A liderança do Carlos Lupi no PDT sucedeu à exercida por Brizola. Não é justo cobrar de Lupi um desempenho igual. Mas eu falei: - Você não precisa votar no Lupi, há tantos candidatos, veja: Sérgio Cabral candidato dos Garotinhos, Crivella candidato da Igreja Universal e do Lula, Denise Frossard candidata do Cesar Maia e super aposentada (14 anos de serviço com Adicional por Tempo de Serviço de 45%), Vladimir Palmeira novamente enganado pelo PT desta vez com o bispo Crivella.
Ela riu. E tinha que rir muito. Não há como não votar no Lupi. Quanto a deputados, não gostaria de reelegé-los. Não fiquei nada satisfeito com os deputados em quem votei na última eleição. Acho reeleição uma coisa terrível. O candidato promete fazer tudo o que não fez quando estava no poder, não é, presidente Lula? Pelo menos agora vou fazê-los trabalhar: votarei em outros!

domingo, julho 23

O Cacareco outra vez

O rinoceronte está em extinção. Há apenas algumas
centenas de animais desta espécie no mundo

Sebastião Nery escreveu dia 21 de julho na Tribuna da Imprensa sobre alguns componentes da turma do Lula:
"Dos 57 sanguessugas denunciados na CPI, 36, dois terços, são da "turma de Lula": PP, PTB, PL e PMDB do Mensalão. Os 5 do PMDB e o único senador, Suassuna, líder do PMDB, são todos do PMDB de Lula, liderado pelo senador Sarney, acolitado por Romero Jucá e Jader Barbalho."

Meu comentário é o seguinte: para Lula, até prova em contrário, são todos inocentes. Todo brasileiro sabe que, até prova em contrário, são todos culpados.

E sobre Heloisa Helena:
"Heloisa Helena, cara e bravura de Anita Garibaldi do Nordeste, "mulher com dois HH", como a chama o senador Mão Santa, é a grande novidade desta eleição. Nenhuma outra campanha cresce mais nas ruas.
Agora, que ultrapassou a barreira do som, dos 10% no País todo (13% no Sul, 11% no Sudeste e Centro-Oeste, 13% no Rio e 7% no Nordeste), está na hora da arrancada. É preciso a Heloisa e o PSOL insistirem, massificarem a "Campanha dos 3 votos": cada um de nós, que já vai votar nela, precisa, deve arranjar mais 3 votos. Três apenas. Uma bobagem. E ela chegaria aos 30%.
Um pedido de eleitores: - Senadora, fale mais devagar, sobretudo na televisão. O povo precisa entender bem sua mensagem, com clareza. A consciência de que o tempo de TV é sempre curto e é necessário aproveitá-lo bem deve levar a frases curtas e redondas, e não a uma rapidez aflita."

Achei interessante essa campanha dos 3 votos. Em 1958, o Cacareco, um rinoceronte do Zoológico de São Paulo, foi campeão absoluto de votos para a câmara municipal, lembram? Acho que ninguém fez campanha de 3 votos para ele. Não fazia sentido.

Leia aqui o que não se lê por aí

Cristovam caminha e panfleta no Brique da Redenção em Porto Alegre

Tenho uma boa notícia: este blog passou de cinco para quatorze leitores, se bem que alguns sejam leitores ocasionais pois vêm por meio de pesquisa no Google, Terra, Interney e até Technorati. A divulgação do cumprimento da agenda dos candidatos à Presidência é diretamente proporcional ao desempenho nas pesquisas, assim mesmo só três deles tem acesso ao clube. Como não votarei em nenhum desses três prefiro divulgar outro candidato. Segue a matéria de hoje do seu blog.

Chegada de Cristovam no aeroporto de Porto Alegre nesta quinta

Às 11h15, o candidato à presidência da República, Cristovam Buarque, chegou ao Brique da Rendenção em Porto Alegre (RS). O Brique é uma feira de artes plásticas e artesanato, com artesãos vindos de todo o estado. Por isso é considerado um mostruário da alma e da cultura gaúcha.
Ao chegar à feira, localizada no centro da cidade, Cristovam foi recepcionado pelos militantes pedetistas que estavam com bandeiras e banners, do próprio Cristovam, e de vários candidatos à deputado federal e estadual.
Apesar de estar um pouco frio, pois o tempo começou a mudar na capital gaúcha, Cristovam caminhou entre as barracas sempre acenando para os artesãos e para as famílias que visitavam o Brique. Além de artesanato, a feira é ponto de encontro de militantes de todos os partidos.
Cada partido, inclusive, possui uma barraca. Cristovam fez questão de ir até a barraca do PDT para olhar as propostas dos candidatos pedetistas.
Em frente à barraca do PDT, o candidato deu uma entrevista em que disse não mudar sua estratégia de campanha. "Minhas propostas não estão presas ao imediato. Elas têm uma perspectiva de médio e longo prazo de como transformar o Brasil", afirmou. "A revolução na
educação, que leva 10 anos, apesar de ser uma proposta de longo prazo, dá resultados imediatos como a queda da violência, pois os jovens estarão na escolas, e criação de empregos, já que serão necessários 400 mil novos professores.
Cristovam saiu do Brique da Redenção e foi almoçar no restaurante Galpão Criolo no Parque da Harmonia. Em seguida, retornou para Brasília no vôo das 16h15.

Os bocas sujas somos nós

Para Lula, oposição deve "lavar a boca" antes de atacá-lo

Em seu primeiro comício de campanha à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem à noite, em Recife (PE), um discurso cheio de rancor contra os ataques da oposição e disse que seus adversários deveriam "lavar a boca" antes de citar o seu nome.
"Eu já estou há 42 meses na Presidência da República e vocês não me viram em nenhum momento falar mal de um governador, de um deputado, de um senador, de um prefeito. Embora já tenha sido atacado da forma mais deplorável possível, eu não ataquei. Não ataquei porque eu não respondo ao jogo rasteiro", disse o presidente. "Até porque alguns que citam o meu nome deveriam lavar a boca. Alguns que me acusavam deveriam contar até dez, e eles sabem porque conhecem a minha vida, a da minha família, e o que eu faço no dia a dia deste país", completou.
Ao lado de Lula no palanque, estava o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, candidato do PT ao governo de Pernambuco e acusado de participação em um esquema de fraudes na venda de ambulâncias.
"Os preconceituosos estão cada vez minoritários e não estão transmitindo nada, estão transmitindo ódio, acusando pessoas honestas, falando as maiores sandices contra as pessoas, sem a obrigação de provar absolutamente nada", discursou Lula, ao lado de Costa.
No palanque, o vermelho e a estrela do PT quase sumiram. O fundo e as laterais do palco eram de um azul bem forte, e o tradicional vermelho petista aparecia só no piso do palco. A estrela do PT ficou escondida nos cantos. O número 13 de Lula estava em verde e amarelo.

O culpado da situação pode até nem ser o Lula. Mas é que ao nos referirmos aos seus amigos, um deles preso algemado diante da família e diante do país, outro, um senador envolvido na CPI dos sanguessugas, outro, tesoureiro do valerioduto, outro, que assinava papagaio sem ver o que estava assinando, outro, que recebia Land Rover de presente, outro, que a coisa mais inocente que fez foi bisbilhotar a conta de um "simples caseiro" (como disse o Lula), outro, chega, já dá pra se ter uma idéia - mas é que ao nos referirmos a esses ideólogos do PT, gente imbuída da melhor das intenções (o inferno está cheio) não há como não ficar com a boca suja. Não adianta lavar. Entendeu, sr. presidente?

sábado, julho 22

As ligações perigosas

Por incrível que pareça, ligações perigosas neste caso não é título de filme, não é ficção.
Depois de um mês de investigações e leitura detalhada de documentos da Polícia Federal e do Ministério Público, o presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), está estarrecido com o número de parlamentares envolvidos com a máfia das ambulâncias. Dizendo-se indignado e impactado com as revelações do esquema dos sanguessugas, o petista concorda com a afirmação feita, em 1993, pelo hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a existência de 300 picaretas no Congresso. Para Biscaia, a situação do Congresso é tão grave que nem o papa Bento XVI conseguiria fazer um governo de "absoluta lisura e princípio".
Quer dizer, Lula sabia ou não sabia desses picaretas? Acho que sabia mas ignorou, já que cooptou todos eles seguindo apenas um critério: obter vantagem na reeleição. Está no Houaiss: cooptar - admitir (alguém) em uma corporação, instituição etc., dispensando-o das formalidades e condições usuais de admissão. Brizola até admitiu alguns políticos esdrúxulos nos quadros do PDT, mas ele era enfático: primeiro tem que passar pelo purgatório. E muitos foram depois para o inferno. Como é que o Lula recebe essa gente toda no paraíso, dando-lhes, agora, por exemplo, ministérios porteira fechada? Só podia dar no que deu. Não deve ser difícil fazer um governo de absoluta lisura e princípio. Basta cercar-se de quem nunca foi preso algemado pela polícia federal (Jader Barbalho), de quem nunca tomou empréstimos em banco dando garantias inexistentes (Romero Jucá), de quem nunca foi sanguessuga (Ney "Sanguessuga" Suassuna).
E os outros? Acho que é perder tempo citá-los. Todos conhecem as ligações perigosas do Lula. Alguns apenas fingem que não conhecem.

Romanée-Conti

STF bloqueia patrimônio de Duda Mendonça

"Quem o Lula pensa que é, tomando Romanée-Conti? Gente! O que é isso? Onde é que estamos? Romanée- iiiiiiiiiiiiiii Conti não é pro teu bico não, ó retirante. Vê se te enxerga, ó pau-de-arara. O teu negócio é cachaça. O teu negócio é prato-feito, cerveja e olhe lá. A audácia do Lula! Hoje tomam Romanée-Conti, amanhã vão querer o quê? No mínimo se achar iguais a nós. Pedir os mesmos direitos. Viver como a gente, que tem berço, que tem classe, que tem bom gosto e portanto merece o melhor. E nós sabemos como isso acaba. Logo, logo vão estar querendo subir pelo elevador social. " Luís Fernando Verissimo

Responsável pelas campanhas vitoriosas de 28 candidatos, incluindo o presidente Lula, Fernando Collor e Paulo Maluf, o publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, estão impedidos de vender seu patrimônio ou de movimentar suas contas bancárias. A decisão de bloquear os bens foi tomada no mês passado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, relator da denúncia feita pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra os 40 envolvidos no esquema do mensalão. No processo, que corre em segredo de Justiça, o ministro acolheu o pedido em relação ao publicitário e a outros denunciados.
A justificativa é de que todos eles têm contas a acertar com a Receita Federal - o passivo de Duda com o Estado pode chegar a R$ 30 milhões.
Em respeito ao sigilo, o procurador-geral deve ter feito o pedido à parte, já que não consta no texto da denúncia que ele divulgou dia 11 de abril. Também em decorrência do trâmite do inquérito, assessores do STF confirmam o nome de Duda, mas se calam diante dos demais nomes.

Bem cantava Chico Buarque: Pai, afasta de mim esse cálice!

quinta-feira, julho 20

Bolsa-Esmola até quando?

Cristovam busca votos no Paranoá

Jornal do Brasil
por Marcella Oliveira

Cristovam, em campanha no Paranoá, com a primeira beneficiada do programa Bolsa-Escola, Selma Ferreira.
Foto: Breno Fortes
Candidato à presidência, o senador Cristovam Buarque (PDT) passou a tarde de ontem em campanha no DF. No Paranoá, encontrou com a primeira mãe beneficiada pelo projeto Bolsa Escola, de sua autoria, e reforçou sua luta pela educação.
"Vim conversar com pessoas que cresceram na vida por causa do Bolsa Escola. É a escola que faz a diferença, não o dinheiro. O Lula desqualificou o programa, a começar quando ele tirou escola do nome", avalia o senador. "Quando a mãe recebia o Bolsa Escola ela pensava eu recebo esse dinheiro porque meu filho está na escola. Agora quando ela recebe o Bolsa Família ela diz ´recebo esse dinheiro porque sou pobre. Mudou o conceito."
A diarista Selma Rodrigues, 44 anos, foi a primeira mãe a receber o Bolsa Escola, em 1995, que dava um salário mínimo para a família que mantivesse seus filhos estudando. "Pude melhorar a qualidade de vida, comprar material escolar e comida. Seria difícil mantê-los na escola sem essa ajuda", declarou.
O candidato estava bastante bem-humorado, não dispensou sorrisos, abraços e apertos de mão em uma hora de caminhada pelo Paranoá.

Cacareco da vez

Protesto, ideologia e deboche explicariam ascensão de Heloísa

MALU DELGADO
MARCELA CAMPOS
da Folha de S.Paulo

Especialistas e políticos consultados pela Folha consideram que o crescimento da candidata do PSOL à Presidência, senadora Heloísa Helena, revelado pelo Datafolha, se explica porque ela simboliza uma "saída" para os seguintes tipos de voto: o de protesto e descontentamento com a crise política que abalou o governo petista, o ideológico de esquerda, de quem se recusa a repetir votos no PT, e o "folclórico debochado", dos descrentes.
"Heloísa Helena é vista como uma espécie de outsider, alguém que vem de fora do "establishment" político", analisa o cientista político Carlos Melo, do Ibmec-SP.
Segundo ele, há "parte do eleitorado que vota nela mais ou menos como votava no Enéas [Carneiro, do Prona], apesar de ambos estarem em lados opostos do espectro político". "É o voto folclórico", diz.
Marcus Figueiredo, do Iuperj, afirma que, além de Lula ter a maior rejeição entre as mulheres, grande parte do voto branco e nulo é feminino. Segundo ele, as mulheres estariam mais descontentes com o sistema político e isso pode ter favorecido a senadora. Leiam mais.

Não sou especialista, nem político, nem cientista político, nem jornalista mas há dez dias escrevi sobre o básico do que está acima. Leiam em Represália. Conseguir ver isso depende apenas de abrir os olhos e parar com essa bobagem de analisar pesquisa eleitoral três meses antes das eleições. É certo que tudo e todos são manipulados. As coisas vão se enquadrando, os jornais e a televisão expõem na vitrine apenas os melhores colocados ou então, no caso da Heloisa Helena, alguém recebe um incentivo. Até os blogs fazem isso. Ter 1% nas pesquisas não gera notícia. Pior quem apela para o Bolsa-miséria. E o Alckmin? Talvez este resolva dizer a que veio quando começar o horário eleitoral na TV. Por enquanto ele e Lula só estão ranzinzando. Sabe aqueles molequinhos de rua que, antes de começar a briga, um desmanchava o cabelo do outro? A fase do Lula e Alckmin é esta. E pior, tem quem preste atenção pensando que a briga é pra valer.

Quem tem medo de Virgínia Woolf?

Globo garante Galvão Bueno por mais duas Copas

Divulgação / TV Globo
Galvão Bueno renovou contrato com a Globo até 2014. Para o bem ou para o mal, ele tem presença garantida nas duas próximas Copas do Mundo. Comentarista e narrador esportivo, Galvão não economiza modéstia para justificar sua permanência na emissora. "Sou a voz do esporte da Globo", gaba-se ele que este ano narrou os jogos da Copa pela oitava vez.

Mas o que tem a ver Virginia Woolf com a notícia acima? Nada! Muito pelo contrário: quem não tem medo do Galvão Bueno?

George (Richard Burton), um professor universitário, e Martha (Elizabeth Taylor), sua esposa que é também filha do reitor, recebem no final da noite Nick (George Segal), um jovem professor, e Honey (Sandy Dennis), sua mulher. À medida que a noite avança, as confissões entre os quatro se tornam mais ácidas e a verdade se torna algo muito deprimente.

A atriz Sandy Dennis, que estava grávida durante as filmagens de Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, teve um aborto espontâneo bem nos sets de filmagens.

Vá que uma grávida saiba que vai ter que engolir o Galvão mais duas Copas do Mundo. É aborto na certa!

quarta-feira, julho 19

Bolsa-família e Bolsa-escola

Cristovam na Rádio Paranoá

O senador Cristovam Buarque foi hoje à Rádio Paranoá para dar uma entrevista. Ele conversou com dois beneficiários do programa Bolsa-Escola, lançado durante seu governo no Distrito Federal (1995/1998): Virgílio, formando do ICESP em Segurança da Informação e proprietário da empresa "Suporte Informática", do Guará, e Jorge, estudante universitário e servidor do Ministério da Aeronáutica.

Há uma grande diferença entre o Bolsa-escola, que Cristovam criou e o famigerado Bolsa-família do Lula. Os dois estudantes citados acima tiveram uma perspectiva de vida. Se a criança abandonasse a escola a família perdia a ajuda. No Bolsa-miséria do Lula se a família deixar de ser pobre perde a esmolinha.

Conheci um vereador, quando existia o ticket do leite, que fazia a distribuição para as famílias que votassem nele. Não votava, não bebia leite. O Lula raciocina por aí. É o pai dos pobres, para quem dá esmolas, e engana com palavras vazias os ignorantes mais analfabetos que ele. E para alguns amigos influentes como Sir Ney, Renan Calheiros, e, com perdão da má palavra, Romero Jucá, Ney "Sanguessuga" Suassuna e Jader "SUDAM" Barbalho, aí ele simplesmente loteia o governo.

Olha o sanguessuga aí, gente!

Base aliada de Lula é maioria na lista

CPI dos Sanguessugas divulga relação de 57 deputados acusados no esquema das ambulâncias

Tribuna da Imprensa


"Nada menos que 82,4% dos 57 parlamentares acusados de envolvimento com o superfaturamento de ambulâncias são de partidos da base aliada. Os nomes dos parlamentares - 56 deputados e o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB) - da máfia das ambulâncias foram divulgados ontem pela cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Em funcionamento a menos de um mês, a CPI notificou os 57 congressistas que são alvo de investigação da Procuradoria Geral da República e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dos 57 parlamentares, 47 são de partidos da base aliada: 4 do PSB, 10 do PL, 5 do PMDB, 13 do PP, 13 do PTB e 2 do PRB. Os dez parlamentares restantes estão em legendas de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B) à reeleição: 3 do PSDB, 4 do PFL, 1 do PPS e 2 do PSC, que é ligado ao ex-secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio Anthony Garotinho.
Ao contrário do escândalo do mensalão, no qual a maioria dos envolvidos era petista, no esquema dos sanguessugas, não apareceu nenhum parlamentar do PT na lista divulgada ontem pela comissão parlamentar. "

Bem, não apareceu petista por enquanto. Vem mais 48 anjinhos por aí!

Sabe o que é boi de piranha?

Empresários querem apoiar Heloísa Helena para forçar segundo turno

Carlos Conde, da Santafé Idéias

"A campanha de Heloísa Helena está precisando de duas coisas: mais dinheiro e menos radicalismo. A conclusão é de empresários ligados a Geraldo Alckmin que pretendem oferecer apoio à senadora alagoana. Os Empresários ligados a Alckmin querem ajudar a candidata do PSol para que uma votação mais expressiva da senadora impeça a vitória do presidente Lula no primeiro turno. "

No Pantanal, quando uma boiada precisa atravessar um rio infestado de piranhas, os peões costumam sacrificar um animal para proteger o resto do rebanho. Eles ferem um boi para atrair as piranhas e atravessam o curso dágua num ponto mais afastado.
Conseguirão os bois de Alckmin atravessar incólume as perigosas águas do rio? Ou o tiro sairá pela culatra e os bois de Lula é que passarão?
Assista no próximo capítulo!

terça-feira, julho 18

Não deixe o rabo balançar o cachorro - 3

O PESADELO (Boogeyman)
Sinopse: Jovem atormentado pela sua infância problemática retorna à casa em que nasceu para descobrir se os fantasmas do passado eram mesmo reais. Produzido por Sam Raimi (Homem-Aranha), com Lucy Lawless (Xena).
Se no dia 2 de outubro eu acordar ainda com pesadelo e meu candidato não estiver no segundo turno, então eu votarei nulo, votarei nulo. Estou cansado de tanto cachorro sendo balançado pelo rabo.
Vocês podem ver abaixo, que Sebastião Nery se refere a cinco camelôs que estão vendendo CD pirata ao Lula. Eu fico tentando compreender como alguém possa ser dependente de personalidades com a biografia que possuem os referidos cidadãos. Perdão, alguns deles não têm biografia, têm folha corrida, com processos, prisões, sanguessugagem (existe essa palavra?) e tudo o mais. Como alguém que é presidente da República e que almeja não fazer nada por mais quatro anos se compromete com esse tipo de gente?
Vou copiar o Jorge Bastos Moreno que escreveu: "E atenção, senhores revisores do Globo On line : Está pra nasser alguém pra discutir ortografia comigo!"
O Lula disse: "ESTÁ PARA NASCER ALGUÉM NESTE PAÍS PARA DISCUTIR ÉTICA COMIGO".
O Lula que diz isso é o mesmo Lula que disse que daria um cheque em branco para Roberto Jefferson? Como eu gostaria de fazer aqui um comentário usando a rudeza do idioma. Mas não posso, em respeito à minha pessoa. Então vou dizer que ele se deu mal pra cachorro. Cachorro de rua, porque os meus são muito bem tratados.
Amigos petistas, me esclareçam se eu estiver errado, mas que ética é essa que atrela um presidente da República a bandidos? Sim, bandidos! O Jader Barbalho foi preso e algemado pela Polícia Federal. Todo o país viu. Os sanguessugas serão expostos ao conhecimento público muitíssimo em breve. O Lula vai continuar de braço dado com o sanguessuga Suassuna? (O Suassuna acha seu nome parecido com sanguessuga. Ele tem senso de humor - humor negro). Sir Ney e Renan Calheiros são dois oportunistas, Sir Ney, num nível bem mais elevado, hors-concours. E quanto a Romero Jucá? Amigos, eu já estou cansado. Vou encerrar. Vocês podem entrar no Google e pesquisar o palavrão "Romero Jucá". Cuidado, que pode respingar lama.

Desculpe, foi engano

Não vou mandar vocês para o Sebastião Nery, da Tribuna da Imprensa. Leiam aqui mesmo.

Jorge Medauar, baiano, poeta, romancista, diretor da sucursal do "Globo", morava em São Paulo. Jorge Medauar, baiano, advogado, deputado, chefe da Casa Civil do governador Roberto Santos, morava em Salvador.
Toca o telefone em casa de Jorge Medauar, o poeta:
- Alô? É o doutor Medauar? Estou lendo na "Folha" que o senhor acaba de ser nomeado secretário de Justiça na Bahia. Estou telefonando para lhe dar os parabéns. Aqui em casa estamos todos muito felizes. Minha filha gosta muito de seus livros. São poemas lindos. "História de Água Preta" é um livro maravilhoso. Estamos perdendo o senhor, mas a Bahia vai ganhar muito.
- Muito obrigado. Mas há um engano. O Jorge Medauar que foi nomeado na Bahia não sou eu não, é meu primo, vive lá, faz política lá.
- Ah, quer dizer que o senhor não é o secretário?- Não. O secretário é o Jorge Medauar político.- Então, desculpe. Foi engano.
E bateu abruptamente o telefone.

Pesquisas

Começou a safra da descoberta dos enganos na campanha eleitoral. Placa de trânsito de político é pesquisa. As pesquisas mensais dos quatro grandes institutos (Datafolha, Ibope, Vox Populi e Sensus) vão sair em semanas diferentes, até o fim do segundo turno. Cada semana vai ser um vendaval de surpresas, sustos, trocas de estrada, traições impensáveis.
Há um ano, no mínimo, o presidente da República e os governadores candidatos à reeleição vinham fazenda campanhas sozinhos, inventando fatos no palácio durante o dia e à noite fazendo comícios abertos nas televisões. Nessa onda Lula surfou solitário, fagueiro, e chegou a 50 pontos nas pesquisas.
Mas agora, no dia 5, a campanha deu a largada. Apareceram os outros. Por força da lei, começaram também a pôr a cara e a voz nas televisões, revistas, jornais. E a primeira pesquisa da primeira semana da nova fase, nesse fim de semana, com todos já na rua e na TV, mostrou que a eleição não vai ser um desfile dos Dragões da Independência em frente ao Palácio do Planalto.

Lula e Alckmin

A pesquisa do Vox Populi, que aliás é o instituto contratado pelo PT "para o monitoramento diário da campanha", feita para a "Carta Capital" e a TV Bandeirantes, que não podem ser acusadas de oposição ao governo, deu um susto no Planalto, no PT e sobretudo nos oportunistas que só apóiam quem acham que vai ganhar. Na "Carta", o veterano Mauricio Dias resumiu:
1 - "Queda livre - De 18 pontos na primeira pesquisa (em maio, 51 a 33), a diferença de Lula sobre Alckmin caiu agora para 5 pontos num eventual segundo turno: 45 a 40. Páreo bem mais duro. No primeiro turno, a diferença está em 10 pontos: Lula 42, Alckmin 32, Heloisa 7, Cristóvam 1. Lula tinha 49 em maio e 45 em junho. Alckmin, 23 em maio e 32 em junho. Heloisa, 5 e 6".
2 - "Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, Alckmin tem 46, Lula 28, Heloisa 9. De 5 a 10 mínimos, pela primeira vez Alckmin superou Lula: Alckmin 36, Lula 34, Heloisa 11. De 1 a 5 mínimos, Lula 42, Alkmin 31. Menos de um mínimo, Lula 57, Alckmin 20. Entre os com ensino superior, Alckmin 44, Lula 31. Só até a 4ª série do fundamental, Lula 51, Alkmin 23".
3 - "Rejeição: Lula 26, Heloisa 10, Alckmin 9, Cristóvam 8".

PMDB

Esse começo de sacudida nas pesquisas vem endoidando sobretudo a turma do "desculpe, foi engano" do PMDB. Duas semanas atrás, os cinco "carteiros", Sarney, Renan, Suassuna, Jucá e Jader, "compraram" os R$ 9 bilhões do Orçamento dos "Correios", dando a Lula "o apoio de 19 diretórios".
O presidente do PMDB, Michel Temer, resolveu testar. Pediu que cada diretório estadual declarasse à direção nacional sua verdadeira posição. Dos 19 vendidos pelos "carteiros", só 10 confirmaram apoio a Lula: Minas, Ceará, Pará, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Amazonas, Sergipe, Amapá e Roraima.
Outros 10 com Alckmin: Rio Grande, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Brasília, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre.
Indecisos, 7: São Paulo, Rio, Bahia, Goiás, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Tocantins. No primeiro grupo estão 27,47% do eleitorado. No segundo, 26,70%. E no terceiro 48,83%.
Esses 48% são a turma do "desculpe, foi engano". A qualquer momento trocam de lado. Lula já está bem grandinho para saber que esse "PMDB governista" é um CD pirata. Compra quem quer. E Lula não pode reclamar. Se não tocar, vá queixar-se aos cinco camelôs que o enganaram.

Não deixe o rabo balançar o cachorro - 2

Ninguém está livre de uma má ação, muito menos quando não tem desenvolvimento mental completo ou é retardado. Esta má ação pode ser deixar o rabo balançar o cachorro, isto é, praticar algo contrário ao senso comum. Seria isso mesmo? E se o senso comum fôsse deixar o rabo balançar o cachorro? O bom senso é a coisa mais bem distribuída na face da terra, já que todos se acham muito bem providos dele. Todos se acham sempre com razão.
Aos 20 anos fui na conversa da vassoura. Assisti a comícios de Jânio Quadros. Só aos 49 anos pude me recuperar votando contra Collor.
Desde cedo uma coisa eu pude compreender: o que é uma notícia de jornal, ou melhor, o que ela não é, pois pude, inúmeras vezes, presenciar fatos que no jornal tinham outra vestimenta. O réporter chega depois do acontecido e pergunta a um popular como é que foi. Quem conta um conto aumenta um ponto; já viram a autenticidade da notícia. Pior quando a notícia é fabricada na redação. Os impropérios saem em letras garrafais na primeira página. O desmentido é feito algum tempo depois em letras minúsculas na quinta página do segundo caderno. Já vi esse filme. O "The Globe" era mestre nisso. Se nos jornais já era assim, nem quero falar como era na TV. E foi balançando o cachorro que elegeram o Collor. Lula reclamou muito na ocasião. Não reclama mais porque agora já provou do melado e achou bom, sem restrições. E quando reclama da imprensa, aqui pra nós, é só jogo de cena. Como é a principal figura da República, está sempre no noticiário. Arranjaram-lhe um contraponto à nossa revelia e nunca divulgam os outros candidatos. Ninguém os conhece. Nem sabem que eles existem, ou seja, o rabo está balançando o cachorro. Diz-se que é melhor ser cabeça de rato que rabo de leão. Os maiorezinhos de 16 anos (santa inocência!), os analfabetos, os loucos e os pobres (que recebem o bolsa-miséria) nunca viram um cachorro abanar o rabo!

Não deixe o rabo balançar o cachorro

“Lula está descobrindo a importância da Educação”, diz Cristovam


Por Rodrigo Ledo, da Santafé Idéias

O candidato do PDT à Presidência diz que é uma vitória de sua campanha o fato de Lula prometer uma “revolução educacional” no caso da eventual reeleição do presidente: “Mesmo com 1% nas pesquisas, estou conseguindo pautar o candidato que está na frente”, afirma o senador Cristovam Buarque (DF). Para o senador, ex-ministro da Educação do governo do PT, Lula não priorizou o tema, tendo inclusive barrado vários projetos formulados no Ministério da Educação (MEC).
“Não acredito que Lula cumpra a promessa da revolução. Em 2003, quando eu era ministro, elaborei vários projetos de lei que revolucionariam a Educação, mas eles ficaram engavetados na Casa Civil, em vez de serem enviados ao Congresso. Até programas que começamos a fazer pelo MEC foram abandonados em 2004”, critica Cristovam. Entre os programas interrompidos por Lula, acrescenta o ex-ministro, havia o de erradicação do analfabetismo em 4 anos e o de implantação de horário integral nas escolas, que chegou a ser adotado em 29 cidades.

Leia mais na página do Cristovam.

segunda-feira, julho 17

Lula: nada o aborrece

Lula faz turismo antes de reunião com líderes do G-8
Lula, o pequeno, diante de Pedro, o Grande

Leia a íntegra na Tribuna da Imprensa
Enquanto os líderes do G-8 se embrenhavam em pesadas discussões sobre o agravamento da crise no Oriente Médio e seus efeitos no setor energético, no isolado Palácio Constantino, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestiu sua jaqueta branca, com o brasão da República no peito, e foi desbravar três pontos turísticos de São Petersburgo.
Lula aproveitou sua primeira visita à cidade fundada há 303 anos por Pedro, o Grande (1672-1725), e que tornou-se capital da Rússia até a Revolução de 1917. Em um périplo de duas horas, o presidente fez uma curtíssima visita guiada às alas italiana, holandesa e russa do Museu Hermitage. Mas, em vez de usar a entrada oficial, ingressou por uma porta nos fundos do complexo, à beira do Rio Neva.
Na seqüência, ele passeou em torno do monumento a Pedro I, o Grande, o czar responsável pela abertura da Rússia e que, entre outros, obrigou seus súditos a cortarem suas barbas. Por fim, ouviu detalhadas informações de uma guia, em português, na Catedral de Santo Isaac, principal tempo da Igreja Ortodoxa Russa na cidade.

sábado, julho 15

Brasil vive duas guerras civis


Cristovam em Santa Catarina

Na primeira visita a Santa Catarina como candidato à Presidência da República pelo PDT, Cristovam Buarque não poupou críticas à violência. "Vivemos duas grandes guerras civis: a de São Paulo e a da desigualdade social." A federalização da educação foi novamente apontada como solução para o que chamou de "gritos do Brasil".

Cristovam diz que é impossível não relacionar a violência em São Paulo com a crise de governo. "Se calar diante da situação é fazer um pacto com os bandidos", criticou. Entretanto, não quis comentar as recentes afirmações de relação política do PT com o Primeiro Comando da Capital (PCC). "Não tenho nenhuma informação que me permita fazer avaliações. O Brasil precisa se convencer de que esbarrou em muitas barreiras", disse. "São muitos os gritos do país: são gritos nas ruas de São Paulo, são gritos dos 30 milhões que não vão concluir o ensino médio, dos 15 milhões de analfabetos, dos sem terra, dos desempregados, dos produtores agrícolas e muitos outros."

Cristovam desembarcou em Navegantes às 9 horas, seguindo para o Clube Atiradores, em Itajaí. Cerca de 300 pessoas participaram do comício, até as 12h30, e depois partiram em carreata pela cidade. Acompanhado do candidato ao governo de Santa Catarina, Manoel Dias, percorreu as principais avenidas lançando oficialmente as primeiras candidaturas do PDT para deputado no Estado: Clayton Batschauer (federal) e Maurílio Moraes (estadual).

Democracia das pesquisas

Cristovam minimiza pesquisas eleitorais
Tribuna da Imprensa

O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, minimizou ontem, em campanha pela cidade de São Paulo, a importância das pesquisas de intenção de voto em sua campanha. Elas o apontam como 4º colocado na disputa, com 1% dos votos. Cristovam disse que tem a pretensão de crescer nas pesquisas, mas para isso não mudará seu discurso.
Apresentando-se como uma das alternativas à mesmice que representa Lula e Alckmin, ao lado de Heloísa Helena do PSOL, Cristovam disse que diferentemente dos dois, ele tem um projeto a longo prazo para o País. "Lula e Alckmin falam o que o povo quer ouvir e prometem mudanças grandes em pouco tempo. Isso não é possível. Quero começar a mudança que será substancial daqui 20, 30 anos."
Cristovam afirmou ainda que a disputa entre PT e PSDB não é ideológica e sim de poder. "Os dois partidos disputam o mesmo espaço em São Paulo e transferiram o embate para o campo federal. Se, por exemplo, o PT fosse mais forte em Minas Gerais, os dois partidos já estariam juntos", afirmou Cristovam.
O pouco tempo de TV (dois minutos e 23 segundos) reservado pelo TSE ao candidato do PDT, também não o preocupa. "Nesse tempo eu posso, com a ajuda de uma equipe de publicitários transmitir minhas propostas sem mentir e sem o marketing que transformaram os dois principais candidatos (Lula e Alckmin) em robôs." O candidato continuou o mesmo discurso. "Se eu tivesse os 10 minutos de Alckmin, não precisaria de uma equipe de apoio. No máximo um quadro negro para eu mostrar aos eleitores que dá para mudar", afirmou Cristovam, que já foi reitor da Universidade de Brasília (UNB).

Ensino
Cristovam Buarque disse, ao visitar a Central de Solidariedade ao Trabalhador da Força Sindical, que o problema do desemprego só será solucionado quando a política econômica do governo estiver voltada para a capacitação do cidadão, que viria com mais investimentos na educação. "Investindo na formação do trabalhador, garante uma melhor condição para esse cidadão ingressar no mercado de trabalho", disse Cristovam.
Ao responder a pergunta de dois jovens desempregados, sobre a democratização no ingresso na universidade, o candidato do PDT enfatizou que antes de democratizar o ingresso, o governo federal deve assumir a responsabilidade pela educação básica, padronizando o ensino médio em todo o País. "Hoje, apenas 1/3 dos brasileiros termina o ensino médio. Esse número por si só indica que não há democracia na educação. Se as 160 mil escolas no Brasil seguirem um padrão, de salários, de formação e de conteúdo, poderemos democratizar o ensino. Para Cristovam investir na educação é um dos melhores caminhos para se criar empregos.
"Se construirmos mais 30 mil escolas, teremos empregos para aqueles que a constroem. Para comprar computadores para as escolas, teremos mais empregos nas indústrias de tecnologia. Os uniformes para as crianças vão aumentar também o emprego na indústria têxtil", disse Cristovam enfatizando que a educação será o mote de sua campanha.

Não é questão de minimizar. Cristovam Buarque precisa saber que só quem tem presença nas pesquisas terá presença no noticiário. Os jornais obedecem à pesquisa. Cristovam precisa gritar mais. O Globo on line de ontem apresentou a solução dos candidatos para a onda de violência atual ( só dos três à frente nas pesquisas)...
Quando se fala tanto em democracia, eis aí a dita cuja das pesquisas.

sexta-feira, julho 14

O principal suspeito

Quem é o responsável pela "Lista de Furnas"? Elementar, meu caro Watson; o principal suspeito é sempre o mordomo. A lista traz nomes só de oposicionistas comprometidos com um esquema de caixa 2 na empresa. Então podem mandar prender o mordomo.
Recentemente recebi uma corrente com o título: Manifesto contra Projeto de Lei que Legaliza a Corrupção em nosso País. "O deputado chamado Jutahy Magalhães, do PFL (SÓ PODIA SER...) da Bahia, é o autor de um projeto de lei que legaliza a corrupção em nosso país (que parece não ser muita!). O dito projeto, conforme matéria da Rede Globo (FONTE NÃO QUESTIONÁVEL), proíbe o Ministério Público de investigar atos de corrupção de Presidente da República, Governadores de Estado, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Prefeitos. "
E conclui assim: "Fiquem atentos, e vamos salvar o Brasil de mais esta maracutaia horrorosa. Divulguem este manifesto para todo o seu catálogo de endereços.
Obrigado, Franklin Martins (Rádio CBN)"

Podem mandar prender o mordomo. Leiam mais sobre esta corrente em e-farsas.com.

Mas o mordomo trabalha incansàvelmente. A corrente que segue, eu a recebi seis vezes, de diferentes fontes.
"Enquanto a gente se distrai com estas CPIs o Congresso continua votando outros assuntos de nosso interesse e a gente nem percebe...vejam essa: Fim do 13º já foi aprovado na Câmara(PFL,PMDB, PPB, PPS, PSDB).
Para conhecimento, o fim do 13º salário já foi aprovado na Câmara para alteração do art. 618 da CLT. Já foi aprovado na Câmara e encaminhado para o Senado. Provavelmente será votado após as eleições, é claro... A maioria dos deputados federais que estão neste momento tentando aprovar no Senado o Fim do 13º salário, inclusive da Licença Maternidade e Férias (pagas em 10 vezes) são do PFL e PSDB. As próprias mordomias e as vergonhosas ajudas de custo de todo tipo que recebem, eles não cortam. Conheça a cara dos safados que votaram a favor deste Projeto em todo Brasil. Por favor, repassem para o maior número de pessoas possíveis, afinal eles são candidatos fortes nas próximas eleições:
1- INOCÊNCIO OLIVEIRA-PFL 2- JOEL DE HOLLANDA - PFL3 - JOSÉ MENDONÇA BEZERRA-PFL 4- OSVALDO COELHO - PFL5- ARMANDO MONTEIRO-PMDB6- SALATIEL CARVALHO-PMDB 7- PEDRO CORRÊA - PPB 8- RICARDO FIÚZA-PPB9- SEVERINO CAVALCANTE - PPB10- CLEMENTINO COELHO - PPS11- CARLOS BATATA-PSDB12- JOÃO COLAÇO - PSDB 13- JOSÉ MÙCIO MONTEIRO-PSDB
DIVULGUEM!!!"
E não tem nem um mordomozinho do PT nessa relação???

quinta-feira, julho 13

Lobo não come lobo

Diz a lenda que quando Tróia caiu, Enéias, príncipe troiano filho de Vênus, conseguiu salvar-se. Após uma longa peregrinação, chegou ao Lácio e se casou com uma filha de um rei latino. O filho de Enéias fundou a cidade de Alba Longa. O Tempo passou e os descendentes de Enéias reinavam em Alba. Um deles, Numitor, foi deposto e aprisionado por Amúlio, seu irmão. Amúlio matou um sobrinho e colocou sua sobrinha, Réia Silvia, num colégio de Vestais. O deus Marte lá teve gêmeos: Rômulo e Remo.
Os meninos foram abandonados pelo tio-avô num barquinho, que, levado pela correnteza do Tibre, parou perto do Monte Palatino. Os dois irmãos foram salvos por uma loba enviada por Marte, que os amamentou e os protegeu.
Para abreviar a história: Numitor, avô de Rômulo e Remo, deu-lhes ordem para fundar uma cidade às margens do Tibre, que foi Roma (ano de 753 a.C.). Para saberem o local onde seria mais propícia a sua edificação, interrogaram os presságios. Remo dirigiu-se ao Aventino e viu seis abutres sobrevoarem o monte. Indo até o Palatino, Rómulo viu doze aves. Favorecido pelos augúrios, fez um sulco em volta da colina, demarcando o pomerium, recinto sagrado da nova cidade. Enciumado por não ter sido escolhido pelos presságios, Remo escarneceu do irmão, afirmando que o local era mal protegido; num salto, atravessou o sulco e foi morto por Rómulo, que o enterrou sob o Aventino.

Resumo: lobo acabou comendo lobo; isso na antiga Roma, porque entre certos políticos...

Deputada será investigada por falsidade ideológica
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, pediu para o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurar inquérito para investigar a deputada federal Neyde Aparecida (PT-GO). Ela é suspeita de praticar crime de falsidade ideológica ao atestar que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares comparecia ao trabalho no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego), o que não ocorria.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás, Delúbio recebeu indevidamente do Estado, de 1994 a 1998 e de 2001 a janeiro de 2005, salário de aproximadamente R$ 1 mil. O prejuízo aos cofres públicos, segundo os cálculos atualizados do órgão, chegam a R$ 165 mil. Neyde Aparecida era presidente do sindicato quando Delúbio Soares recebeu remuneração de professor.

Quem anda de capote no verão, ou é pobre ou ladrão.

Cesteiro que faz um cesto, faz um cento, e, tendo cipó e tempo, faz duzentos.
Por que será que Lembo, governador de São Paulo, não aceita a ajuda oferecida pelo governo federal? Lula já insinuou que é por questões eleitoreiras; já o governador deve achar que a oferta, sim, é eleitoreira.
E agora essa? Matéria da revista Veja no fim de junho."Há três semanas, a polícia prendeu Luiz Carlos Efigênio Pacheco, presidente da Cooper Pam, uma das principais cooperativas de perueiros da capital paulista, suspeita de ligação com a organização criminosa. Conhecido como "Pandora", o perueiro é acusado de ter financiado, com dinheiro de lotações, uma tentativa frustrada de resgate de preso de uma cadeia de Santo André (região do ABC paulista), em março passado. Detido, ele negou pertencer ao crime organizado, mas admitiu a infiltração do PCC no setor perueiro e disse que foi por ordem de Jilmar Tatto, ex-secretário de Transportes da prefeita Marta Suplicy, que sua cooperativa incorporou integrantes da organização criminosa. As duas afirmações, graves, constam do depoimento que Pandora deu formalmente à polícia. Uma terceira informação, porém, ainda mais grave, ficou de fora do inquérito. Ela foi dada por Pandora ao delegado Marcelo Fortunato, que o prendeu.
Segundo disse o presidente da Cooper Pam, o ex-secretário de Marta recebeu 500.000 reais para favorecer um grupo de perueiros ligados ao PCC no processo de licitação para a exploração da região sul da capital. Tatto, candidato a deputado federal pelo PT, teve a prisão preventiva pedida pelo delegado, mas a Justiça ainda não apreciou o pedido. Pandora foi solto na quinta-feira (15), depois de passar dez dias preso."


O título da Veja, “PT, PCC e peruas: tudo a ver? já insinua muito. Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Leia mais no blog do Reinaldo Azevedo.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!

Cristovam: País vive guerra civil

O candidato do PDT à Presidência, Cristovam Buarque, criticou o presidente Lula, a quem responsabiliza pela crise de segurança em São Paulo. Para o senador, o presidente deveria declarar que há uma guerra civil no País.
"Volto a insistir que não é apenas violência, mas uma guerra civil. Isso significa que o problema tem que ser enfrentado pela República, pela nação, pelo presidente da República. Não adianta enfrentar guerra civil apenas com as polícias estaduais, até porque são muito desiguais. O presidente precisa convocar o conselho da República, declarar que o Brasil vive uma guerra civil e que, para enfrentar, são necessárias medidas em nível nacional", disse Buarque.
O pedetista, no entanto, afirmou que não é necessário o emprego do Exército em São Paulo, mas a criação de uma espécie de agência federal de segurança para coordenar as polícias estaduais e até mesmo ajudar "estados que não querem ser ajudados".
O senador disse que a eleição pode estar atrapalhando o entendimento entre o governo federal e São Paulo. "O que está em jogo não é o governador, ele está bem protegido, mas é o povo. Não pode um presidente da República deixar o povo abandonado".

quarta-feira, julho 12

Dize-me com quem andas e te direi quem és!

"Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas."
John Piper

O nobre senador Sir Ney há muito fez sua opção... pelas riquezas. Um dia depois de seu partido ganhar o comando dos Correios, o senador José Sarney (PMDB-AP) defendeu ontem a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso no plenário do Senado, e ressaltou que manteve o apoio ao governo do petista mesmo durante a crise do mensalão."O meu candidato é o presidente Lula, que trouxe ao poder uma esquerda responsável e equilibrada", afirmou Sarney. "Defendo a reeleição do presidente Lula. Acho necessária não só para a continuidade das coisas que ele fez. Em um segundo mandato seria muito bom que esse presidente operário avançasse", disse o peemedebista na tribuna.
A ala governista do PMDB, capitaneada por Sarney e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), recebeu anteontem a presidência dos Correios e três diretorias. Eles negociam ainda o cargo de ministro da Saúde.
Sarney disse ainda que o governo do presidente Lula foi uma surpresa. "O caos não veio. O desastre não chegou." Ele certamente estava esperando um tsunami, ou ser explodido pelos terroristas do Iraque, ou ser bombardeado pelo terrorista Bush.
Ao ser questionado após o discurso sobre as indicações emplacadas nos Correios, o senador afirmou que não sabia do fato. "Cargos? Que cargos? Não estou sabendo de nada. Já foi indicado alguém para os Correios?", perguntou o peemedebista, no final da manhã.
Essa ignorância fisiológica, tão disseminada pelo presidente Lula, é endêmica, por que não dizer, epidêmica, pior que a gripe aviária e atinge quase todos os petistas e seus acólitos.
O discurso de Sarney foi criticado pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), que foi pré-candidato do partido à Presidência da República. "É triste esse papel do Sarney. Infelizmente ele serve a qualquer governo e tem os cargos que quer", afirmou o senador gaúcho.
Sério, senador? Na época da ditadura ele já se comportava assim???

Para não nos tornarmos tão ácidos leia As ceroulas de Sarney na coluna do Sebastião Nery. Lá há um pouco do manto diáfano da fantasia.

terça-feira, julho 11

Campanhas sobre alistamento militar

RADIOBRÁS ELEIÇÕES 2006
TSE autoriza governo a veicular campanhas sobre alistamento militar

O ministro Marco Aurélio Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizou, hoje (7), a veiculação de campanhas de propaganda institucional do Ministério da Defesa, com o objetivo de convocar jovens de 18 anos e profissionais de saúde a se apresentarem para o serviço militar. O pedido havia sido feito pela Subsecretaria de Comunicação Institucional da Presidência da República, que já tivera negadas diversas solicitações para realizar campanhas relativas a temas como o combate às queimadas e o novo serviço de atendimento telefônico da Previdência Social.
O TSE também autorizou, hoje, nas mesmas condições, a divulgação dos concursos de admissão à Escola Preparatória de Cadetes do Exército e de admissão à Escola de Sargento das Armas.

Isso pode. E já que seria um absurdo colocar "Brasil, um país de tolos", é melhor não fazer referência nenhuma ao governo.

Os 4 cavaleiros do apocalipse

A idealização da cavalaria cristã, como muitas outras imagens baseadas nas revelações bíblicas, possui uma dualidade. Se por um lado - teoricamente - ela era portadora de boas novas, defensora dos oprimidos e da verdadeira fé, também era anunciadora do final dos tempos, aquela que trazia toda sorte de desgraças para os homens.

Trabalharemos com uma das imagens mais terríveis que a cristandade construiu a respeito da cavalaria: os quatro cavaleiros do Apocalipse.
O anjo divino comanda cavalos sagrados, que correm para levar a Deus notícias deste mundo. O autor do Apocalipse, provavelmente alguém do círculo de discípulos do apóstolo João, redigiu o cânone entre os anos 70-95 da era cristã, época de perturbações e violências do Império contra a Igreja.
Cena descrita por São João:
Vi quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos, e ouvi o primeiro dos quatro Seres vivos dizer como o estrondo dum trovão: “Vem!” Vi então aparecer um cavalo branco, cujo montador tinha um arco. Deram-lhe uma coroa e ele partiu, vencedor e para vencer ainda.

Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo Ser vivo dizer: “Vem!” Apareceu então um outro cavalo, vermelho, e ao seu montador foi concedido o poder de tirar a paz da terra, para que os homens se matassem entre si. Entregaram-lhe também uma grande espada.

Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro Ser vivo dizer; “Vem!” Eis que apareceu um cavalo negro, cujo montador tinha na mão uma balança. Ouvi então uma voz, vinda do meio dos quatro Seres vivos, que dizia: “Um litro de trigo por um denário e três litros de cevada por um denário! Quanto ao óleo e ao vinho, não causes prejuízo”.

Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto Ser vivo que dizia: “Vem!” Vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu montador chamava-se “a Morte” e o Hades o acompanhava. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para que exterminasse pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras da terra. (Ap, 6, 1, 8)


“Os iluministas imaginavam a perturbação e o medo de quem trabalhava ou dormia tranqüilamente e era surpreendido pela vinda repentina do inimigo. O terror espreitava o homem em qualquer situação.” (MATTOSO, op. cit.) Este era um estado de guerra ininterrupta. A cavalaria era a portadora da má-fé. Ela trazia a morte e as desgraças da guerra. Como nos “Versos da Morte”, do monge-poeta Hélinand de Froidmont: “Morte, faze selar teus cavalos..” (HÉLINAND DE FROIDMONT, 1996: 29).

Vamos mudar o enfoque. Tudo isso é muito complicado. Eu tenho uma visão mais simplista desses quatro cavaleiros, sem que seja por isso mais tranquilizadora. A ação deles é muito bem definida e caminha no sentido de dar sustentação ao grande apedeuta que nos assola. Muito preocupante, portanto. São eles, sem ordem classificatória de periculosidade, capciosidade, desonestidade ou qualquer outra propriedade de pessoas pseudo honestas:

José Sarney - Nascido José Ribamar Ferreira de Araújo Costa no Maranhão, filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa. Em 1965 adotou legalmente o nome de José Sarney de Araújo Costa, do qual já se utilizava para fins eleitorais desde 1958, por ser conhecido como "Zé do Sarney", isto é, José filho de Sarney. O pai, por sua vez, recebeu esse nome por ter nascido na propriedade de um certo Sir Ney, de origem britânica, onde o avô de José Sarney trabalhava. Muito parecido com o processo de formação da palavra "forró", os bailes que os americanos patrocinavam no nordeste para os peões de obra, e que eles diziam que eram "for all".
Fez o tal Plano Cruzado, O Plano Cruzado teve efeito imediato na contenção da inflação e no aumento do poder aquisitivo da população, alçando o país a um clima de euforia. Milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações, ficando conhecidos como "fiscais do Sarney". Quatro meses depois, o plano começou a dar errado: ocorreu uma grave crise de abastecimento, as mercadorias desapareceram das prateleiras dos supermercados, os fornecedores passaram a cobrar ágio e a inflação voltou a subir. O governo manteve o congelamento até as eleições, tentando extrair os maiores dividendos políticos do plano. A estratégia eleitoral deu certo: o PMDB, partido do presidente, venceu em todos os Estados do país. Como se vê, o Sir Ney é PHD em enganação. E está usando toda sua longa carreira de embusteiro para tirar dividendos de um governo fraco como o do PT. Outrora foi muito xingado pelo Lula. Hoje é amigo dele.

Renan Calheiros - Fez parte da base de apoio de Fernando Collor de Mello e atualmente apóia o presidente Luís Inácio Lula da Silva. Foi também ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso. Um grande democrata e um grande patriota. Votar contra o governo? Nunca! Sempre está do lado da situação. Não pode largar tão suculento ôsso. E é amigo do Lula.

Ney Suassuna - O senador Ney Suassuna, do PMDB do Lula, elegeu-se pela Paraíba, mas mora na Barra da Tijuca, no Rio. Não é a primeira vez que se vê acusado de - digamos - atos pouco recomendáveis no exercício do mandato. Agora, está sendo relacionado pela PF como suspeito de integrar o esquema dos "sanguessugas", que ganhavam no superfaturamento de ambulâncias. A pedido de Suassuna, a recém criada CPI dos Sanguessugas será chamada de CPI das ambulâncias quando for noticiada pela TV Senado. O senador acha que a palavra sanguessuga se parece com a palavra Suassuna. E é amigo do Lula.

Jader Barbalho - Elegeu-se senador da República em 1994. Em 1998 licenciou-se para concorrer novamente ao governo do seu estado, mas foi derrotado por Almir Gabriel, do PSDB. Em 2001, diante de diversas acusações , chegou a ser preso e algemado pela polícia federal e logo depois licenciou-se da presidência do Senado e renunciou a seu cargo para não ser processado por quebra de decoro parlamentar. Hoje é deputado federal e responde a vários processos por corrupção relacionados principalmente a sua atuação na SUDAM e no BANPARÁ. E é amigo do Lula.

Pelo menos dois desses cavaleiros têm vários processos em andamento, mas o Lula não sabe de nada. Tenho um amigo, político, que me contou que certa vez um "nobre parlamentar" o havia convidado para jantar numa churrascaria. Ele recusou dizendo: - "Obrigado, mas é muito perigoso andar com você"!
O "nobre parlamentar" riu muito. Passados dois dias foi assassinado.
Há que escolher muito bem os amigos. Depois não adianta dizer que não sabia de nada!