quarta-feira, julho 5

Lula é um grande embuste

Hilton era um damista muito bem humorado. Certa vez uma pessoa com quem ele nem tinha qualquer intimidade o convidou para jogar uma partida de damas. Ele colocou duas peças brancas e duas pretas no tabuleiro; era um final clássico - as brancas jogavam e ganhavam e falou: - Preciso ir ali na fábrica. Vai resolvendo esse probleminha de damas que eu já volto. Voltou após vinte minutos.
- Como é, resolveu o problema?
- Não, está difícil, respondeu o outro.
- Puxa! Se você não consegue jogar sòzinho com duas pedras, como quer jogar comigo com 12, eu que sou um mestre?
Era um gozador. Em um torneio, após terminar sua partida, ele ria: - "Eu gosto de jogos difíceis. Quando o jogo está muito fácil eu complico, para ficar difícil. Meu jogo com o Paulo Ticon estava tão difícil que eu perdi."
Era assim o Hilton. Nunca mais o vi.

Este blog Represália não é difícil nem eu quero complicar. Gosto de jogar com as doze peças, analisando todas as possibilidades de quaisquer que sejam os contendores. Se me detenho mais em um deles é porque suas jogadas requerem um maior estudo por serem capciosas, traiçoeiras, e até mesmo desonestas. Se as coisas estão difíceis minha opção é aprofundar a análise; se esta opção se tornar inadequeda pela falta de tempo ainda existe a represália: recorro aos "mais velhos".

Hoje recorri ao site ABC Politiko. Há uma entrevista com Augusto Carvalho intitulada "Lula é um grande embuste". Vou transcrever dois trechos e deixar um link para toda a matéria.

Com apenas oito meses no ar, o site da ONG Contas Abertas já foi visitado por mais de 1 milhão de pessoas e vem pautando a mídia nacional, pois vasculha gastos abusivos do governo federal. O presidente da Associação Contas Abertas, sociólogo e deputado distrital Augusto Carvalho (PPS-DF), especializou-se em fazer esse tipo de análise ao longo de três mandatos na Câmara Federal. Nesta entrevista, ele fala sobre a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como o senhor define o governo Lula?
- O PT, como qualquer governo - seja de direita, seja de esquerda, ou de centro -, não gosta de ser fiscalizado. A senha do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), que prometeram ser estendida às associações da sociedade civil, foi negada. O PT gasta muito mal o dinheiro público; gasta mais e mal, preocupado apenas com o superávit primário e preterindo investimentos na infra-estrutura e o desenvolvimento econômico e social do país, impondo, assim, um sacrifício bastante duro ao povo brasileiro. O governo Lula "foi" uma sucessão de fraudes em relação às propostas que apresentou durante a campanha, a começar pela reforma da Previdência e a punição aos aposentados, quando, apesar da garantia de que os contratos jurídicos perfeitos não seriam tocados, os servidores aposentados tiveram de voltar a contribuir com a Previdência. Com a ruptura das propostas de campanha, o PT deixa, para mim, a imagem de um grande embuste, que espero seja bem lembrado nas urnas neste ano de 2006.
...
Nepotismo também?
- Ao deter a prerrogativa de agasalhar não só filiados, como também parentes - como senhoras de ministros de estado, até o filho do presidente, que ganhou a bagatela de R$ 15 milhões da Telemar, empresa que tem capital majoritário de fundos de pensão estatais, como a Previ, e participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é um banco público -, o PT se lambuzou, usando as prerrogativas que tanto condenava nos outros. Mas o pior de tudo foi a crise ética que colocou no olho do furacão o PT e seus principais dirigentes. Eu me refiro a Genoino, a José Dirceu e Gushken, além dos outros 37 integrantes do bando, da quadrilha de 40 a que se refere o procurador geral da República, que nomeou a quadrilha que operava a partir do Palácio do Planalto.

O restante é para ler aqui.

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