terça-feira, julho 4

All's well that ends well

Disse Shakespeare que tudo está bem quando acaba bem. E pior que as coisas nem sempre acabam bem. Desde 1970 (será que antes? - eu estava alheio) todas as ações da seleção de futebol do Brasil estiveram associadas às ações de governos, principalmente na hora de comemorar a vitória final. Deram azar. Só em 1970 puderam soar as trombetas. Depois Fernando Henrique banqueteou-se duas vezes - 1994 e 2002.
E eis que chega 2006, a copa da Alemanha. Lula, como todos sabem é despojado de ambições pessoais. Só pensa em servir ao Brasil, ele que se julga predestinado. Agora, o Brizola não. Um ambicioso; seria capaz de pisar no pescoço da mãe para chegar à presidência. Isso disse o sábio e ético Lula. E a mãezinha do Brizola já estava morta. A tanto chega a cupidez dos homens.
Lula é um eterno candidato. Desde que enfrentou Fernando Collor de Mello, em 1989, ele não faz outra coisa a não ser pedir voto. Foi derrotado por Collor, perdeu duas vezes para Fernando Henrique e na quarta tentativa venceu Serra. E lançou a própria candidatura à reeleição apesar dos mensalões, caixas 2, corrupções mil e do escabroso caso do prefeito de Santo André encontrado morto com cerca de 18 tiros.
E eis que chega 2006, uma chance a cada quatro anos. Não é para se perder. Primeiro uma video-conferencia fora de propósito onde Lula pergunta pelo peso do Bolão. Com a resposta do dito cujo ele ficou mal na foto. Depois pediu ao Ricardo Teixeira para ser visitado por dois craques antes da viagem à Alemanha. Robinho tirou o corpo fora. Foi o Roberto Carlos.
Após muitas fotos e muitas mesuras ao jogador, Lula, dando vazão ao seu imenso senso de humor, pediu que os jornalistas se retirassem e os deixassem a sós. Ele iria "ensinar" ao Roberto Carlos como deveria jogar para “ganhar a Copa”.
Que diabos ele ensinou a esse velho menino??? Teria sido como ajeitar a meia antes do adversário cobrar uma falta?

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