O senador Christovam Buarque (PDT-DF), candidato à Presidência, durante sessão na Comissão de Educação do Senado, em Brasília, nesta terça-feira. 01/08/2006
Foto: ED FERREIRA AGÊNCIA ESTADO
O projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que institui o piso salarial federal dos professores da Rede Pública de Ensino, no âmbito da União, Estados e Municípios acaba de ser aprovado por unanimidade na Comissão de Educação do Senado. O projeto recebeu parecer favorável da relatora, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), e foi aprovado por unanimidade em caráter terminativo (sem necessidade de ser submetido ao plenário).Pela proposta de Cristovam, um ano depois da sanção da lei, o piso salarial dos professores em todo o Brasil referente à jornada de 40 horas semanais de trabalho não poderá ser inferior a R$ 700 para aqueles que têm nível médio e a R$ 980 para os que têm nível superior. Uma emenda também aprovada hoje na Comissão de Educação atualiza os valores para R$ 800 e R$ 1.100.
Segundo Cristovam, a proposta resgata a enorme e histórica dívida do poder público com seus educadores. “Atualmente, os professores são obrigados a trabalhar em múltiplas jornadas ou múltiplos empregos, o que transforma a nobre função de educador em uma atividade secundária”. O objetivo do projeto, afirma o senador, é “reverter essa situação que tem condenado a educação básica dos sistemas públicos a um enorme atraso em todo o processo de ensino-aprendizagem, comprometendo a própria cidadania de várias gerações de brasileiros, que são privados de um ensino gratuito e de qualidade”. Cristovam lembrou ainda que, após sugestão dele, o mesmo projeto fez parte do programa de governo do presidente Lula em 2002. "O futuro de um País se vê pela cara da escola e pelo bolso do professor".
Quanto ao fato de Cristovam falar só de Educação, Educação, Educação, ele disse que deveriam questionar também quem fala só de Economia, Economia, Economia.
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