Buarque: Lula mantém País no assistencialismo
Tribuna da Imprensa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "condenando o País ao assistencialismo" com o modelo do Bolsa Família, que, em vez de promover a educação, "distribui dinheiro", criticou ontem o senador e candidato à Presidência pelo PDT Cristovam Buarque.
Segundo ele, o Bolsa Família - que tem mais de 11 milhões de beneficiários - "incentiva a pobreza" ao contrário do que ocorria ao ser implantado, então com a designação Bolsa Escola, quando "estimulava o jovem a estudar e, assim, a subir na escala social".
"Antes, a mãe racionava que somente teria direito ao benefício se o filho tivesse bom desempenho na escola. Hoje, esta mesma mãe não quer sair da pobreza porque teme com isto perder o benefício", observou.
Buarque introduziu o Bolsa Escola quando governou o Distrito Federal. O programa foi adotado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e transformado em Bolsa Família pelo governo do presidente Lula. O senador disse o programa deveria ser desmembrado em três para manter seu objetivo inicial e ampliar seu raio de ação: um seria de incentivo à freqüência da criança na escola (Bolsa Escola), outro de amparo aos adultos desempregados (bolsa emprego) e o terceiro aos doentes e idosos (Bolsa Família). "Com o que se gasta atualmente, dá para fazer tudo isso", garantiu.
Ele disse que, caso eleito, irá oferecer uma recompensa anual em dinheiro para todo jovem beneficiário do Bolsa Escola que se destacar nos estudos. A finalidade da recompensa, que somente poderia ser retirada quando o aluno concluir o ensino médio, seria proporcionar recursos para o jovem cursar o ensino superior.
De acordo com o senador, Lula dá um "péssimo exemplo" aos jovens quando afirma - afirmação que voltou a fazer no final de semana, no Rio Grande do Sul - que para ser um bom presidente não é necessário ter diploma de curso superior. "Em primeiro lugar", observou, "Lula poderia ser um bom presidente mesmo sem diploma, mas não é. E, em segundo lugar, ao enaltecer sua condição de pouco instruído, ele está desestimulando os jovens a estudar".
Buarque tinha previsto visitar ontem sete cidades do Norte do Paraná. Em Londrina, desafiou o intenso frio da manhã para cumprimentar eleitores no centro da cidade e, tomando emprestada a vassoura de um gari, encenou a limpeza do chão. "O Brasil precisa de uma faxina geral", disse.
terça-feira, agosto 1
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário