quinta-feira, abril 6

João Paulo Cunha

Esperem por mim nas eleições

Quando ouvi a exposição do deputado César Schirmer (PMDB-RS), relator do processo de cassação do petista João Paulo, e vi o acusado amuado num canto, pensei: está liquidado. Ledo engano. O ex-presidente da Câmara usou os 50 minutos de sua defesa para negar que tenha cometido ilegalidades. Fez diversas citações. Entre os citados por João Paulo, estão Raul Seixas, Padre Antonio Vieira e Aristóteles.

No início de sua defesa, João Paulo citou canção de Raul Seixas ao dizer que buscou coragem na figura paterna. O petista admitiu que cogitou renunciar ao seu mandato de deputado federal. Pouco depois, o petista citou o Padre Antonio Vieira: "A dor faz gritar, mas, se for muito forte, ela silencia". Arrematou dizendo que não sabia que os R$ 50 mil eram do Marcos Valério.

Devo confessar que fiquei sensibilizado e comovido pela fala do deputado e quando vi seus pares ovacionando-o cheguei à conclusão de que ele seria absolvido pois ninguém bate palmas para enforcado. Só que ele não convenceu ninguém. As palmas eram apenas o eco da conivência.

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