quarta-feira, setembro 6

Na China é assim

O Bolsa família nunca levará a isso


Info Exame
Texto de Cibele Gandolpho

A cidade de Shenzhen, no sul da China, não tem a grandiosidade de Pequim nem o cosmopolitismo de Hong Kong. Tampouco o frisson urbano de Xangai. Mas é hoje uma das principais redes de abastecimento de produtos de tecnologia para os quatro cantos do globo. Produz, por ano, 7,8 milhões de computadores, 65 milhões de placas-mãe, 6,7 milhões de impressoras, 6,8 milhões de MP3 players e 12 milhões de HDs.

Os arranha-céus que imperam no cenário de Shenzen contrastam com o que a região era em 1980: um pacato vilarejo que dependia da pesca para viver. Shenzhen começou a ser usada, em 1980, como laboratório para as reformas econômicas do líder comunista Deng Xiaoping. É considerada zona especial, com isenção de impostos e incentivos fiscais para empresas estrangeiras que queiram se estabelecer na cidade.

O resultado foi o crescimento vertiginoso em pouco mais de duas décadas. Em 2005, o PIB de Shenzhen avançou 27%, atingindo 60 bilhões de dólares - a quarta colocação entre as cidades chinesas. Só com o Brasil, Shenzhen movimentou 500 milhões de dólares no ano passado. Em agosto, uma comitiva de mais de 50 empresas chinesas esteve em São Paulo para um encontro com 400 executivos brasileiros.

A cidade possui mais de 5 mil empresas de TI. "A produção de computadores em Shenzhen representa um quarto do volume total de toda a China", diz Wang Xuewei, diretor-geral de comércio de Shenzhen. Huawei, ZTE e Lenovo estão entre as principais empresas da cidade. A indústria de software também é um dos pilares de Shenzhen, que desenvolve aplicativos para áreas como telecom, eletrônica, médica, eletricidade e TV digital. Em 2005, a cidade exportou 1,8 bilhão de dólares em software.

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