segunda-feira, maio 1

Pisando no pescoço da mãe

O Sr. Lula não mede suas palavras nem seus atos. A ser verdade o que falou do Brizola, várias eleições passadas, eleições essas a que ele sempre concorreu sem nenhuma ambição, lógico, apenas com o leal propósito de servir ao país e, consequentemente, ao povo brasileiro; a ser verdade que Brizola para ser Presidente seria capaz de pisar no pescoço da própria mãe e se Lula estava realmente "convencido" disso (ele devia ampliar sua capacidade verbal) então que conceito ele faz de si próprio, já que se candidatou quatro vezes e está querendo mais? Seus prepostos caem como peças de dominó; não caem por opção mas sim porque perderam a máscara da moral petista, perderam principalmente a pose. Vocês lembram da pose do Genoíno gerenciando a entrevista do Delúbio quando esse já caía em desgraça? Parecia um leão-de-chácara. Depois foi sua vez. E assim sucessivamente. O último foi o Palocci "amigo e irmão querido" do homem.
Mas eu não quero reinventar a roda. O Portal Exame entre outras coisas já disse: "O presidente Lula, como dito, exigiu a punição dos responsáveis, mas, quando os responsáveis apareceram, ele não deu o menor sinal de reprovação ao que tinham feito. Ao contrário: disse, na cerimônia de despedida de Palocci, que o ex-ministro era um grande irmão, eterno companheiro e autor de uma obra extraordinária, que deixou o Brasil "infinitamente melhor" do que estava. À primeira vista, não dá para entender nada. À segunda vista, dá para entender tudo. Os amigos não foram demitidos porque o presidente desaprova sua conduta, mas apenas porque a operação que fizeram deu errado e não foi mais possível deixar tudo como estava. No fundo, para Lula, é perfeitamente normal que a companheirada do PT use o governo da forma que está usando, o que explica a atual situação em que um escândalo sucede a outro. Se o Palácio do Planalto e os caciques mais importantes do partido acham que está tudo em ordem, por que parar? A CEF foi apenas um caso que não deu para segurar."

Resumindo, é a pregação da impunidade. O PT era um partido radical. O poder amalgamou uma nova orientação. Quem optou por continuar radical foi violentamente expulso. A ideologia que interessa atualmente se chama corrupção.
Fernando Henrique comprou sua reeleição. A eleição já tinha sido um blefe. O Brasil melhorou em oito anos? Absolutamente. Lula se elegeu por falta de opção dos eleitores. É uma figura decorativa. De nada sabe. Infelizmente a Petrobrás nada lhe falou sobre a situação na Bolívia. Para que se reeleger? Ele se julga ungido? Os incompetentes não têm essa prerrogativa.

Rui Nogueira, do Primeira Leitura, escreveu: "O próprio Juan Domingo Perón (1895-1974) forneceu a chave para a compreensão do fenômeno, quando instado a dar uma explicação para a sobrevivência dos peronistas diante de tantas correntes. “Os peronistas são como gatos, quando todos pensam que estamos nos matando, nós estamos nos reproduzindo”, disse o general e
caudilho argentino.
Há uns quantos truques de linguagem e uma paz típica dos cemitérios políticos, tudo em nome de um único objetivo: manter a união das aparências – tal qual os peronistas e os gatos – porque, em reelegendo Lula, a espécie poderá se perpetuar. Não estão se matando porque estão focados na necessidade da multiplicação."
O brasileiro já elegeu Collor, Fernando Henrique e Lula. Carnaval é muito bom, a Copa do Mundo está em cima, mas precisamos pensar no nosso bolso. Chega de eleger porcaria. Se a seleção de futebol for campeã o Zé do Boné não vai perder esse palanque. Os analfabetos políticos vão ficar deslumbrados. Quando nosso time perde não se perde nada. É do jogo ganhar ou perder. Mas quando uma quadrilha quer tomar de assalto o poder quem não se preocupa é um idiota.

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