domingo, novembro 26

Vem mais por aí

PT tenta tapar rombo de mais de R$ 5 mi na campanha de Lula

Folha de S.Paulo

A campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou com um buraco nas suas contas e ainda ontem o PT tentava cobrir o prejuízo.
Tesoureiro da campanha de Lula, o prefeito de Diadema, José de Filippi Jr., alertou o comando petista para o risco e avisou que pretende consultar o departamento jurídico do PT para analisar que medida poderá adotar caso o rombo não esteja coberto até terça-feira.
Mantido o déficit, o PT trabalha com três hipóteses, sendo mais provável a transferência da dívida para o Diretório Nacional. Ao assumir a dívida, o partido daria apenas garantia aos credores de que pretende honrar seus compromissos.
Seria a quebra de uma promessa do início da campanha: nunca mais as contas do partido e da campanha seriam misturadas. Na avaliação do PT, foi essa uma das origens do esquema armado pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério de Souza. Não está descartada a possibilidade de o partido recorrer novamente a empréstimos bancários para saldar os débitos.
Já vimos esse filme.

sábado, novembro 25

Quem quiser que conte quatro

Histórias infantis

Eu tinha sete, oito anos. Minhas irmãs, quatro e três anos. À noitinha, hora de dormir, nosso pai nos contava histórias maravilhosas. E arrematava: - Entrou por uma de pinto, saiu por uma de pato, Nosso Senhor falou que quem quiser que conte quatro.
É claro que os pirralhos nada tinham para contar, Assim, pedíamos: - Conta outra, pai.

Interessante, quando fiquei mais taludinho ouvia dos outros garotos essa história de pinto e patos sobre contar histórias. Só que os prolegômenos eram de natureza não tão ortodoxas ou, para ser mais claro, eram termos pesados.

Passados 70 dias da apreensão do R$ 1,7 milhão com petistas no Hotel Íbis, em São Paulo, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas, tem uma certeza: "Se houver algum enquadramento dos envolvidos neste caso, será por crime eleitoral."
Na opinião de Gabeira, o enquadramento dos petistas que tentaram comprar um suposto dossiê contra tucanos pode ser feito mesmo não se descobrindo de onde surgiu o dinheiro. "É possível enquadrá-los por formação de caixa dois."
Na Polícia Federal (PF), no entanto, há quem admita que, sem descobrir a origem do dinheiro, será difícil indiciar, criminalmente, os envolvidos. O delegado Diógenes Curado, responsável pelas investigações, pretende recorrer a exame pericial com o objetivo de saber se as informações que possui são suficientes para afirmar que parte dos dólares apreendidos saiu da agência de turismo Vicatur, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por meio de "laranjas". Curado entrega à Justiça Federal na segunda-feira um relatório sobre as apurações realizadas.
Segundo a PF de Mato Grosso, até mesmo o crime eleitoral poderia ser descaracterizado, bastando que algum candidato assuma na prestação de contas à Justiça Eleitoral o R$ 1,7 milhão como doação para campanha.

E quem quiser que conte quatro. Para três crianças pequenas.

sábado, novembro 11

Depois não diga que não sabia...

O jacaré, entre muitos outros, é um animal gregário. Eles estão sempre ali juntinhos dentro d'água. Lula conhece muitos jacarés.
Supremo aceita denúncia contra Jader

Deputado é acusado de envolvimento com desvio de recursos públicos quando era ministro
Tribuna da Imprensa

Negociador do PMDB junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a montagem do novo ministério, o deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA) tornou-se ontem réu em uma ação criminal aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma decisão unânime, o plenário do STF acolheu uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o parlamentar.
Jader Barbalho é acusado de envolvimento com desvio de recursos públicos no processo de desapropriação do imóvel rural Vila Amazônia por meio da suposta supervalorização da indenização. O Ministério Público Federal suspeita que foi praticado o crime de peculato. A desapropriação ocorreu em 1988, quando o deputado era ministro da Reforma Agrária. Leia mais.

quarta-feira, novembro 1

O professor não aprendeu a lição

Seria cômico se não fosse trágico

Emir Sader é condenado em processo movido por Bornhausen
Marcel Gomes – Carta Maior

O cientista social e colunista da Carta Maior Emir Sader foi condenado à perda de seu cargo de professor na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e a um ano de detenção, em regime aberto, conversível à prestação de serviços à comunidade, pela 11ª Vara Criminal de São Paulo, que julgou um processo de injúria movido pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC). Cabe recurso à decisão, ainda em primeira instância.
Na sentença, o juiz Rodrigo César Muller Valente avaliou que Sader cometeu crime ao tratar Bornhausen como “racista” em um artigo publicado na Carta Maior em 28 de agosto do ano passado. O colunista se referia a uma manifestação pública do senador feita dois dias antes, na qual, ao ser questionado em um evento com empresários se estava desencantado com a crise política, ele respondeu: “Desencantado? Pelo contrário. Estou é encantado, porque estaremos livres dessa raça pelos próximos 30 anos”.


Os leitores da Carta Maior estão muito revoltados. Será que eles, como petistas, se consideram uma raça?
Racismo é crime. Acusar uma pessoa de ser racista, ou seja, acusar uma pessoa de ter cometido um crime, não havendo crime algum, também é crime. Por isso o professor vai em cana. Simples assim. Não aprendeu a lição e quer dar aula.