sábado, dezembro 16
A CGTB deu razão a Diogo Mainardi
Don Quijote de los molinos
Meu primeiro freguês hoje me deu o que pensar. Vocês sabem, meu ramo é secos e molhados. Ele veio em busca de um queijo e, como freguês bissexto que é, estranhou o aumento no preço do quilo do excelente produto. Trajava uma vistosa camisa branca com a sigla CGTB e começou a destilar indignação. Disse que a Central iria parar o país, que tinham na ordem de milhões de professores associados e um maior número de caminhoneiros. A ordem seria parar as estradas.
Acho que ele estava impactado pelo aumento nos salários dos senhores deputados e senadores.
E eu falei: - Vocês não votaram no Lula? Então está conforme o esquema. Continua o Aldo Rebelo na Câmara e o Renan Calheiros no Senado. O aumento foi apenas uma compra de apoio.
- E você queria que votassem no Alckmin? Com essa vou até embora.
E foi saindo. O contraditório também não é o forte desse pessoal. E fui pesquisar sobre a CGTB. Achei no Midia Sem Máscara os textos a seguir.
Um longo documento foi publicado no site da Central Única dos Trabalhadores (CUT) (http://www.cut.org.br/), relativo à realização da 5ª Plenária Nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais dia 11 de novembro de 2006, em Guararema/SP, ocasião em que foi aprovada uma Declaração intitulada “Com a unidade e a força dos movimentos sociais, o Brasil vai mudar”.
Leonardo Wexell Severo, autor do documento publicado no site da CUT, é militante do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), radicado em São Paulo. Em maio de 2001 esteve em Cuba participando do Congresso da Central dos Trabalhadores Cubanos e de uma reunião da Federação Sindical Mundial, na qualidade de representante da CGTB - Central Geral dos Trabalhadores do Brasil.
Antonio Fernandes Santos Neto, presidente da CGTB e vice-presidente da Federação Sindical Mundial é também militante do MR-8, assim como o vice-presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira. Pode ser dito que essa é uma central sindical aparelhada.
Como diria o filósofo Mução, sobre cada um desses dois militantes poder-se-ia afirmar:"É profissional! É profissional!"
Trechos do documento: ...é preciso “acabar com o criminoso monopólio da mídia que impõe a agenda da elite neoliberal derrotada nas eleições à imensa maioria do povo”.
“É urgente a democratização dos meios de comunicação através da ampliação das rádios comunitárias e de concessões de canais de rádio e televisão com financiamento público para as entidades do movimento social, além da criação de canais públicos na televisão aberta”, ressalta o documento.
Assim vê-se que o Diogo Mainardi na sua coluna Fábula capital (para assinantes da Veja) tem razão em se confessar um colunista fracassado.
Depois de tudo ficou-me a dúvida: em toda batalha há que se determinar quem é o inimigo. E eu acho que a CGTB não está sabendo escolher seus moinhos de vento.
quarta-feira, dezembro 13
Ecos de Pinochet
A la muerte de un canalla
Mario Benedetti
Los canallas viven mucho, pero algún día se mueren
OBITUARIO CON HURRAS
Vamos a festejarlo
vengan todos
los inocentes
los damnificados
los que gritan de noche
los que sueñan de dia
los que sufren el cuerpo
los que alojan fantasmas
los que pisan descalzos
los que blasfeman y arden
los pobres congelados
los que quieren a alguien
los que nunca se olvidan
vamos a festejarlo
vengan todos
el crápula se ha muerto
se acabó el alma negra
el ládron
el cochino
se acabó para siempre
hurra
que vengan todos
vamos a festejarlo
a no decir
la muerte
siempre lo borra todo
todo lo purifica
cualquier día
la muerte
no borra nada
quedan
siempre las cicatrices
hurra
murió el cretino
vamos a festejarlo
a no llorar de vicio
que lloren sus iguales
y se traguen sus lágrimas
se acabó el monstruo prócer
se acabó para siempre
vamos a festejarlo
a no ponernos tibios
a no creer que éste
es un muerto cualquiera
vamos a festejarlo
a no volvernos flojos
a no olvidar que éste
es un muerto de mierda
Mario Benedetti
Los canallas viven mucho, pero algún día se mueren
OBITUARIO CON HURRAS
Vamos a festejarlo
vengan todos
los inocentes
los damnificados
los que gritan de noche
los que sueñan de dia
los que sufren el cuerpo
los que alojan fantasmas
los que pisan descalzos
los que blasfeman y arden
los pobres congelados
los que quieren a alguien
los que nunca se olvidan
vamos a festejarlo
vengan todos
el crápula se ha muerto
se acabó el alma negra
el ládron
el cochino
se acabó para siempre
hurra
que vengan todos
vamos a festejarlo
a no decir
la muerte
siempre lo borra todo
todo lo purifica
cualquier día
la muerte
no borra nada
quedan
siempre las cicatrices
hurra
murió el cretino
vamos a festejarlo
a no llorar de vicio
que lloren sus iguales
y se traguen sus lágrimas
se acabó el monstruo prócer
se acabó para siempre
vamos a festejarlo
a no ponernos tibios
a no creer que éste
es un muerto cualquiera
vamos a festejarlo
a no volvernos flojos
a no olvidar que éste
es un muerto de mierda
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